Escândalo das joias repercute mal para ex-mandatário, nas redes sociais

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Publicado terça-feira, 22 de agosto de 2023 as 18:14, por: CdB

Além do noticiário sobre o desvio de milhões em diamantes e ouro, nos objetos de alto luxo, as declarações do hacker Walter Delgatti Netto sobre a tentativa de invasão ao sistema eleitoral brasileiro, também pontuam para que o ex-mandatário neofascista atinja as pontuações mais baixas desde 11 de maio.

Por Redação – de Brasília

O caso do furto e venda de joias do Erário vem causando um estrago sem precedentes na imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo pesquisas realizadas por diferentes institutos. Bolsonaro, que tem dificuldades para manter sua popularidade digital em alta desde a saída da Presidência da República, despencou em relevância nas redes após a operação da Polícia Federal (PF) que apura o esquema criminoso internacional.

Michelle
Jair e Michelle Bolsonaro. Cada vez mais difícil explicar o caso das joias recebidas por representantes do governo da Arábia Saudita

Além do noticiário sobre o desvio de milhões em diamantes e ouro, nos objetos de alto luxo, as declarações do hacker Walter Delgatti Netto sobre a tentativa de invasão ao sistema eleitoral brasileiro, também pontuam para que o ex-mandatário neofascista atinja as pontuações mais baixas desde 11 de maio, antes mesmo de ser considerado inelegível pelo (TSE), segundo dados do Índice de Popularidade Digital (IPD), divulgado diariamente pela empresa de pesquisa e consultoria Quaest.

A pesquisa aplica um algoritmo que coleta e processa 152 variáveis das plataformas Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipédia e Google. Os resultados variam de 0 a 100 pontos. No fim de maio, Bolsonaro alcançou bons resultados no IPD, após o noticiário negativo distribuído pela mídia conservadora, após a visita de Estado do presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Em 29 de maio, alcançou 42,41 pontos, ante 43,55 do presidente Lula.

Coaf e PIX

Desde então, o ex-presidente manteve-se estável até sua inelegibilidade, declarada pelo TSE em 30 de junho, quando esteve em evidência e viu seus índices crescerem, mas não o suficiente para ultrapassar o atual chefe do Executivo. Marcou 43,34 pontos, contra 53,93 do petista.

Julho também foi um mês estável nas redes, para o ultradireitista, mesmo com a divulgação de relatório do Coaf que contabiliza o recebimento de R$ 17,2 milhões em PIX, muitos deles suspeitos de integrar um esquema de caixa 2, nos seis primeiros meses deste ano. Durante a divulgação dos valores, Bolsonaro ainda mantinha folgados 34 pontos.

Foi a partir de 11 de agosto, porém, que a situação do ex-inquilino do Palácio da Alvorada começa a piorar, nos espaços digitais. Com a operação da PF, que deflagrou nova fase de investigações sobre o suposto esquema criminoso de desvio de joias, caiu de 35,61 para 23,85 pontos no dia seguinte.

Especialistas

As informações posteriores sobre a operação policial, batizada de ‘Lucas 12:2’, que revelou as digitais do ex-presidente na suspeita de desvio de bens públicos para enriquecimento pessoal, acelerou as discussões sobre sua possível prisão. A busca e apreensão de celulares do advogado Frederick Wassef; as declarações desencontradas do novo advogado do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e a ida de Delgatti à CPI do 8 de janeiro ampliaram o efeito negativo, nas redes.

O chamado ‘Hacker de Araraquara’ disse, em juízo, que a campanha do ex-presidente planejou forjar a invasão de uma urna eletrônica durante as celebrações do 7 de Setembro de 2022, e afirmou ter recebido pedido para assumir a autoria de um grampo de conversas de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante toda a última semana, a popularidade digital de Bolsonaro oscilou entre 23 e 25 pontos, menor patamar desde 11 de maio, quando teve pontuação de 11,88, resume o estudo.

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