Entre Astrud e Stereolab

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Publicado segunda-feira, 26 de julho de 2004 as 09:35, por: CdB

A banda recifense Mombojó, que já teve seu disco de estréia Nada de novo comentado por aqui, toca no Circo Voador em agosto junto com o Cordel do Fogo Encantado. O vocalista da banda, Felipe S., falou para a coluna sobre a banda, o disco e os shows.
 
Como está sendo os shows da turnê e a projeção da banda com o lançamento do disco?
A gente tocou em São Paulo, Curitiba, Rio, e depois que voltamos de viagem, a expressão das pessoas por aqui mudou. Depois que a gente voltou, as pessoas foram mais aos shows e cantavam as músicas, sabiam as letras.
 
E sobre as comparações com o Los Hermanos?
Acho saudável. É normal as pessoas associarem. Eu não acho que a banda seja influenciada. O Camelo foi no nosso show (no Ballroom) e falou depois que a gente estava lindo no palco. 
 
Quais são então as influências da banda?
É muito difícil falar em uma influência porque cada um escuta uma coisa. A minha é Astrud Gilberto, mas um som que a banda inteira escuta é o Stereolab.
 
Sobre o nome da banda e o nome do disco:
A gente queria que as pessoas tivessem dúvida. Muita gente não sabe falar o nome mas lembra do som: “Essa música é do Mombo, Mambo…”. A gente quis mais que soasse pela música do que pelo nome. E o nome do disco, Nada de novo, é porque a gente nunca chegava a um conceito. Era música, a gente botou tudo junto para dizer que nada se repete.
 
Cena musical de Recife:
Já estava numa crescida boa. Cada um por conta própria, bandas sem dinheiro estão gravando discos bons. Já estão saindo mais e fazendo shows (Felipe menciona a banda local Mellotrons, que concluiu recentemente seu primeiro EP). 
 
Show no Circo Voador e planos:
A gente está com uma expectativa muito boa, mas mais por abrir o show do Cordel que a gente gosta muito. Depois do verão a gente está pensando em ir para São Paulo, abrir uma empresa e administrar melhor a coisa. Desde 2001 que a gente tem conseguido as coisas com uma facilidade.