Encontrado analista ambiental do Ibama

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Publicado quinta-feira, 16 de novembro de 2006 as 16:41, por: CdB

O assessor de comunicação da superintendência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Roraima, Taylor Nunes, informou que o analista ambiental Raimundo Cruz, que estava desaparecido após sofrer um atentado, foi encontrado nesta quinta-feira. Ele estava desaparecido em Caracaí, no baixo rio Branco, desde a última terça-feira, quando sofreu o ataque possivemente de traficantes de tartarugas. O colaborador Josué Santos Cruz, que fazia parte da equipe, continua desaparecido.

– Por volta das 10 horas (horário local, duas horas a menos do que em Brasília), nosso servidor que está com GlobalSat (telefone via satélite) ligou para dizer que tinham encontrado o Raimundo Cruz bem, apenas com ferimentos leves na perna -, relatou Nunes.

Nunes informou ainda que policiais federais seguiram nesta quinta para Caracaí, município que faz fronteira com o Amazonas. Eles reforçarão as investigações iniciadas ontem por policiais civis. De Boa Vista até o hotel de selva Ecotur, que está servindo de base para as operações de busca e resgate das vítimas, são cerca de 45 minutos de vôo. De lá até o local do conflito, gasta-se mais quatro horas de viagem em canoa motorizada.

A Companhia de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima informou que quatro mergulhadores reforçam a procura por José Santos Cruz. O governo estadual cedeu dois aviões bimotores e um helicóptero para ajudar no resgate das vítimas. Por enquanto, apenas o casal Denaíde Monteiro e José Silva foram levados a Boa Vista.

A captura da tartaruga amazônica é proibida, porque o animal está em risco de extinção. A superintendente do Ibama em Roraima, Nilza Baraúna, explicou que seu comércio ilegal aumenta no fim de ano, porque a carne de tartaruga é integra o cardápio regional das festas de Natal e Ano Novo. Por isso, o Ibama costuma fazer operações ostensivas de fiscalização nesse período. Mas a equipe que sofreu o atentado estava trabalhando apenas na identificação dos locais de desova dos quelônios, para posterior alocação dos filhotes em berçários, até que eles atingissem um tamanho suficiente para se protegerem sozinhos dos predadores naturais.