Embaixador dos EUA pede que americanos deixem a Arábia Saudita

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Publicado segunda-feira, 3 de maio de 2004 as 17:08, por: CdB

O embaixador norte-americano na Arábia Saudita elogiou na segunda-feira a ação do reino contra militantes da Al Qaeda, mas renovou o alerta para que todos os cidadãos norte-americanos deixem o país, depois que homens armados mataram cinco ocidentais no fim de semana.

O embaixador James Oberwetter visitou a cidade industrial de Yanbu, palco das mortes, que ocorreram no sábado.

– Eles estão fazendo grandes progressos. Isso fica evidente no modo como eles estão trabalhando na lista dos mais procurados – disse o diplomata a repórteres em Yanbu. – Mas ainda há um longo caminho pela frente. Vamos trabalhar do modo mais cuidadoso possível, próximos às autoridades, para combater a ameaça terrorista.

Cinquenta pessoas foram mortas na Arábia Saudita no ano passado, numa série de ataques suicidas atribuídos à rede Al Qaeda, liderada por Osama bin Laden. Desde dezembro, as forças de segurança do país, sob forte pressão dos EUA, mataram ou prenderam oito militantes da lista de 26 mais procurados.

Nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelas mortes de sábado. As vítimas foram dois americanos, dois britânicos e um australiano. O corpo de um dos americanos foi arrastado pelas ruas da cidade, que fica às margens do mar Vermelho.

A empresa suíça ABB Lummus, alvo do ataque, disse que estava retirando sua equipe de 90 funcionários estrangeiros de Yanbu e que suspenderia um projeto de expansão que estava desenvolvendo para uma companhia petroquímica saudita. Mas uma fonte ocidental do setor disse que a ABB deve retomar o trabalho em algumas semanas, sob segurança mais intensa e com uma nova equipe de engenheiros.

A embaixada dos EUA renovou o alerta para que os 35 mil cidadãos norte-americanos que vivem na Arábia Saudita deixem o país.

– Nosso novo alerta pede aos americanos que deixem o reino por segurança. Eles são livres para agir conforme achem mais adequado.

Um êxodo de norte-americanos pode causar graves prejuízos à economia do maior exportador de petróleo do mundo. O príncipe Saud bin Abdullah, chefe do conselho estatal que governa Yanbu, classificou o ataque a tiros de sábado como um “ato de loucura” e pediu aos cidadãos sauditas que protejam os estrangeiros, para ajudar a economia do reino.

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