Eleições de 2024: Casa Branca entra em batalhas estaduais sobre aborto

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Publicado segunda-feira, 6 de março de 2023 as 14:05, por: CdB

Ao trabalhar com importantes parlamentares locais e apoiar legislação para expandir os direitos ao aborto, a Casa Branca espera ampliar o relativo sucesso que os democratas obtiveram nas eleições de meio de mandato ao fazer do aborto uma grande parte de sua campanha.

Por Redação, com Reuters – de Washington

A Casa Branca está entrando em batalhas estaduais pelos direitos reprodutivos das mulheres, oferecendo conselhos jurídicos e mensagens a aliados em Estados que pressionam por restrições conforme o governo Biden busca fazer do acesso ao aborto uma plataforma para as eleições presidenciais do ano que vem.

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Ao trabalhar com importantes parlamentares locais e apoiar legislação para expandir os direitos ao aborto, a Casa Branca espera ampliar o relativo sucesso que os democratas obtiveram nas eleições de meio de mandato ao fazer do aborto uma grande parte de sua campanha.

O conselho de política de gênero da Casa Branca está liderando o esforço, junto a uma equipe de assuntos intergovernamentais e o gabinete da vice-presidente Kamala Harris, disseram fontes. Os grupos realizam regularmente reuniões estratégicas com autoridades locais eleitas, ativistas e grupos de direitos reprodutivos.

A Casa Branca dividiu em três grandes categorias as lutas pelo direito ao aborto em Estados politicamente divergentes como Texas, Nova York e Carolina do Norte e estabeleceu uma abordagem para cada um, de acordo com duas autoridades da Casa Branca e dois assessores que trabalham na questão.

“O objetivo da nossa estratégia é bastante simples: apoiar as ações dos líderes estaduais e locais para proteger e expandir o acesso, mas também combater as restrições”, disse uma das fontes.

O esforço de bastidor, que não havia sido noticiado anteriormente, chamou a atenção dos parlamentares estaduais pelo nível de apoio oferecido pelo governo.

Em alguns casos, a Casa Branca está se apoiando em parlamentares-chave em Estados com importantes lutas legislativas relacionadas ao aborto. A Carolina do Norte é um foco especial onde a Casa Branca acredita ter a oportunidade de evitar restrições, disse uma das autoridades da Casa Branca.

Carolina do Norte

Os parlamentares republicanos na Carolina do Norte estão trabalhando em leis de aborto mais restritivas do que a atual proibição de 20 semanas do Estado e eles têm uma maioria à prova de veto no Senado estadual. Na Câmara estadual, as margens são muito estreitas.

“Estamos em contato com parlamentares específicos que serão muito importantes nessa luta”, declarou a fonte.

Alguns dos democratas do Estado têm histórico de votação diferente sobre o aborto, mas todos agora se comprometeram a codificar os direitos ao aborto, acrescentou a autoridade.

Na Flórida, a líder democrata na Câmara, Fentrice Driskell, disse que em suas reuniões com autoridades da Casa Branca os tópicos discutidos incluem a participação eleitoral e como isso é impulsionado pelos Estados que colocam o aborto na cédula.

Outras discussões se concentraram em como os democratas da Flórida poderiam usar parceiros, como grupos de direitos reprodutivos, para tornar o aborto uma questão fundamental em 2024, disse ela.

As restrições

Para combater as restrições, a Casa Branca coordena com organizações nacionais que trabalham para derrotar possíveis proibições, o que tem levado a vice-presidente a viajar a esses Estados para reunir as partes interessadas e usar seus contatos com a imprensa para destacar lutas legislativas em momentos críticos.

Harris, que ganhou elogios dos democratas de base por sua frequente defesa do direito ao aborto durante a campanha de meio de mandato, é uma parte fundamental do atual esforço da Casa Branca.

Desde a revogação pela Suprema Corte em meados do ano passado da decisão Roe v. Wade que encerrou o direito nacional ao aborto, muitos Estados controlados pelos republicanos estão pressionando para restringir ainda mais o acesso ao aborto, enquanto os Estados administrados pelos democratas estão consagrando proteções em novas leis.

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