O dólar comercial é vendido a R$ 2,858, com desvalorização de 0,24%, na retomada dos negócios na tarde desta sexta-feira. A expectativa de captações de empresas brasileiras no exterior derruba as cotações da moeda norte-americana.
Na primeira etapa dos negócios, o dólar registrou oscilações por conta do baixo volume de transações. O seu valor mínimo até agora foi R$ 2,855 e o máximo, R$ 2,869.
Embora o mercado trabalhe com um piso informal para o dólar em R$ 2,85, analistas dizem que a moeda pode recuar ainda mais nos dias em que houver grandes entradas.
A valorização do C-Bond, principal título da dívida externa brasileira, ajuda a manter o tom otimista no câmbio. O título é vendido a 92,438% do valor de face, com alta de 0,20%. O risco-país recua 0,68%, para 726 pontos.
O dólar futuro (julho) recua 0,27%, para R$ 2,88. O turismo despenca 0,67%, para R$ 2,94, e o paralelo se mantém estável a R$ 3,04.
Juros
Aumentando a pressão sobre o governo quanto à questão dos juros, na última quinta-feira o CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) recomendou a redução “o quanto antes” da Selic, a taxa básica de juros da economia, devido ao temor de uma recessão no país.
Nos próximos dias 16, 17 e 18 o Copom (Comitê de Política Monetária do banco Central) se reúne para discutir a questão.
A maior parte dos analistas defende um corte dos juros, que estão atualmente em 26,5% ao ano, mas é grande também a parcela dos que acreditam que é necessário esperar até julho para que os números sobre inflação confirmem a tendência de desaceleração dos preços.