Documentos mostram que FBI vigiou Muhammad Ali em 1966

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Publicado sexta-feira, 16 de dezembro de 2016 as 14:34, por: CdB

A divulgação dos documentos, publicados recentemente no site do FBI, foi noticiada primeiramente pelo jornal New York Times na Internet

Por Redação, com Reuters – de Nova York:

O FBI estava de olho no falecido boxeador Muhammad Ali em 1966, acompanhando até seu divórcio e seu discurso em uma mesquita de Miami, durante investigação sobre o grupo religioso Nação do Islã, de acordo com documentos divulgados pela agência.

Muhammad Ali
Muhammad Ali

A divulgação dos documentos, publicados recentemente no site do FBI. Foi noticiada primeiramente pelo jornal New York Times na Internet na quinta-feira.

O ex-campeão mundial dos pesos-pesados morreu em junho aos 74 anos de idade. Depois de uma vida nos ringues e de ativismo que fez dele uma das celebridades mais famosas do mundo. O ex-presidente norte-americano Bill Clinton esteve entre os dignitários que compareceram a seu funeral.

O FBI já foi criticado por monitorar figuras públicas. Incluindo o líder dos direitos civis Martin Luther King Jr e o cantor John Lennon. Nos turbulentos anos 1960 e 1970.

A leva de cerca de 140 páginas de documentos do FBI de 1966 sobre Ali, que inclui material até então confidencial. Foi trazida a público devido a uma ação apresentada em agosto pelo grupo conservador Judicial Watch solicitando os papéis.

Documentos

Entre os documentos, que usavam o nome de batismo de Ali, Cassius Clay. Há um pedido para que agentes monitorem seu divórcio da primeira esposa. Ocorrido naquele ano, como uma “pista”.

– Solicita-se ao escritório de Miami (do FBI) que acompanhe o processo de divórcio entre Cassius e Sonja Clay com ênfase particular em qualquer implicação do NOI (sigla para Nação do Islã em inglês) nesta questão – dizia um memorando.

Outro memorando do FBI sobre um discurso que Ali fez em uma mesquita em 1966 disse que ele falou sobre os esforços para privá-lo de seu título dos pesos-pesados e que os atribui ao “homem branco”.