Documentos mostram ‘caos dentro do Twitter’ antes da conta de Trump ser bloqueada

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Publicado segunda-feira, 12 de dezembro de 2022 as 11:18, por: CdB

Michael Shellenberger notou que, nas eleições norte-americanas de 2018, 2020 e 2022, 96%, 98% e 99% das doações da equipe do Twitter foram destinadas ao Partido Democrata, sugerindo assim um conflito de interesses.

Por Redação, com Sputnik – de São Francisco

Uma pesquisa jornalística divulgou mensagens internas na rede social relativas à proibição da conta do ex-presidente americano, sem qualquer preocupação pela “liberdade de expressão” ou “a democracia”.

Documentos publicados mostram ‘caos dentro do Twitter’ antes da conta de Trump ser bloqueada

O jornalista Michael Shellenberger publicou no sábado arquivos que falam sobre as circunstâncias em torno do bloqueio da conta no Twitter de Donald Trump, ex-presidente dos EUA.

A quarta parte do conjunto de vazamentos, intitulados Twitter Files (Ficheiros Twitter, em português), revela “o caos no Twitter” em 7 de janeiro de 2021, escreve na última sexta-feira o jornalista Matt Taibbi. Esse foi o dia a seguir ao assalto ao Capitólio de Washington por apoiadores do então ainda 45º presidente dos EUA, e um dia antes de sua conta ser banida.

– À medida que a pressão aumenta, os executivos do Twitter constroem o argumento para uma expulsão permanente – descreve Shellenberger com base em mensagens internas da empresa de TI, acrescentando que, em 7 de janeiro desse ano, eles procuraram mudanças para aplicar “apenas a Trump”, e “sem preocupação pela liberdade de expressão ou as implicações da expulsão para a democracia”.

Michael Shellenberger notou que, nas eleições norte-americanas de 2018, 2020 e 2022, 96%, 98% e 99% das doações da equipe do Twitter foram destinadas ao Partido Democrata, sugerindo assim um conflito de interesses.

Ele afirmou que o Twitter tentou durante anos resistir o bloqueio da conta de Trump, referindo uma mensagem de 2018 da equipe do Twitter, que assegurava que “bloquear um líder mundial do Twitter (…) esconderia informações importantes (…) e dificultaria a discussão necessária em torno de suas palavras e ações”.

Proibição da conta

Apesar disso, explicou, após “pressão interna e externa”, Jack Dorsey, então CEO do Twitter, criou um sistema que levaria à proibição da conta do presidente após cinco infrações.

Executivos sêniores do Twitter criaram listas negras secretas para diminuir o alcance de certos usuários e não só de tweets específicos. Entre eles estariam os que questionavam a integridade das eleições presidenciais de 2020 dos EUA.

Quanto aos tweets que compartilhavam imagens das mensagens de Trump na rede social, eles também seriam eliminados, a não ser que o criticassem.

Em 19 de novembro, o bilionário e empreendedor Elon Musk, que poucas semanas antes tinha comprado o Twitter, restaurou o acesso à conta do ex-presidente, mas o último se recusou repetidamente a regressar, declarando preferir usar a rede Truth Social.

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