A Miramax Films anunciou na quarta-feira que chegou a um acordo com a proprietária do estúdio, a Walt Disney Company, que lhe permite encontrar um novo distribuidor para o polêmico documentário “Fahrenheit 9/11”, do diretor Michael Moore, que a Disney se recusara a distribuir nos Estados Unidos.
“Estamos muito satisfeitos por a Disney ter concordado em vender ‘Fahrenheit 9/11’ a Bob e Harvey”, disse em comunicado à imprensa o porta-voz da Miramax, Matthew Hiltzik, referindo-se aos presidentes da Miramax, Bob e Harvey Weinstein.
Pelo acordo fechado, os irmãos Weinstein vão adquirir os direitos sobre o filme que documenta a reação dos Estados Unidos aos ataques de 11 de setembro e investiga ligações entre a família do presidente George W. Bush e sauditas de destaque, incluindo a família de Osama bin Laden.
Hiltzik disse que os irmãos Weinstein vão fornecer à Disney um documento baseado em um acordo semelhante feito no caso de outro filme polêmico da Miramax, “Dogma”, e que os irmãos “esperam e antecipam concluir a transação prontamente.”
Com isso, os irmãos Weinstein teriam liberdade para encontrar um novo distribuidor para lançar o documentário nos cinemas dos Estados Unidos, possivelmente já em julho.
A Disney, empresa mãe da Miramax, vinha se recusando a distribuir o filme, financiado pela Miramax.
A decisão da Disney provocou manchetes na semana passada quando foi divulgada por Michael Moore, o cineasta responsável pelo documentário ganhador do Oscar “Tiros em Columbine”.
No Brasil, o filme será distribuído pela Europa Filmes. Ainda não há data prevista para o lançamento por aqui. O documentário será exibido no Festival de Cannes, que começou nesta quarta-feira.