Os parlamentares aprovaram a convocação de Gutierrez em 13 de junho, mas seus advogados pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira de julho, para ele não ser obrigado a depor na comissão.
Por Redação – de Brasília
O executivo Miguel Gutierrez, ex-CEO da Americanas, recusa-se a depor à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara dos Deputados, que investiga o caso, se a imprensa estiver presente. Ele deporia na condição de testemunha, na véspera, mas ingressou com um atestado médico para não comparecer ao colegiado que apura as fraudes contábeis na varejista.
![Miguel Gutierrez](https://www.correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2023/08/miguel-gutierrez.jpg)
Os parlamentares aprovaram a convocação de Gutierrez em 13 de junho, mas seus advogados pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira de julho, para ele não ser obrigado a depor na comissão. Em decisão monocrática, no entanto, o ministro André Mendonça determinou a obrigação de seu comparecimento à Casa.
Inquéritos
Mendonça, no entanto, concedeu um habeas corpus ao executivo, que lhe garante o direito ao silêncio diante de perguntas em que a resposta poderia autoincriminá-lo. No pedido, a defesa ainda solicitava que Gutierrez não fosse “submetido a compromisso de dizer a verdade”, o que não foi concedido pelo fato de ele ter sido convocado como testemunha.
A inconsistência contábil na Americanas foi tornada pública por Sérgio Rial, executivo que sucedeu Gutierrez no cargo, e que se demitiu após nove dias à frente da empresa. No pedido ao STF, ajuizado no último dia 24, os advogados de Gutierrez disseram que ele já é investigado pelos mesmos fatos em apuração na CPI. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Polícia Federal (PF) têm inquéritos abertos sobre os fatos.