A ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse neste sábado que faltam “segurança e confiabilidade” no sistema energético de vários países. Segundo ela, para evitar apagões, como o que ocorreu em vários pontos dos Estados Unidos esta semana, é preciso criar condições para que possíveis falhas em um determinado ponto do sistema sejam isoladas.
De acordo com a ministra, o Brasil tem mais de 70 mil quilômetros de linhas de transmissão.
— É impossível supor que um sistema desse tamanho não seja objeto de alguma falha. É preciso haver uma previsão antecipada de que a falha pode ocorrer e temos que garantir um bom sistema de ilhamento para que o problema não se propague — afirmou.
Dilma Rousseff explicou que pequenas falhas são normais. O problema, segundo ela, é que quando o sistema de isolamento não é bom, essa falha se transmite para outros pontos da rede, o que agrava as consequências do problema.
— Nós no Brasil estamos tomando todas as providências para diminuir os riscos de um evento desse tipo. Obviamente não vou dizer que a possibilidade é zero, porque não quero desafiar os deuses, mas ela é muito menor do que foi no passado — disse.
O governo, segundo a ministra, não vai interromper os investimentos em infra-estrutura, principalmente no setor energético. Será realizada uma licitação para a construção de sete blocos de linhas de transmissão que, de acordo com a ministra, irão reforçar a segurança do sistema energético brasileiro nas regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
A ministra informou que 45 grupos de investidores já manifestaram interesse em participar da licitação e que o investimento deve chegar a R$ 1,7 bilhão. A ministra Dilma Rousseff, participou neste sábado da visita do presidente Lula à Usina Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu.