Detentos tentam fugir de presídio no Paraná

Detentos do presídio Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa, 140 km de Curitiba, tentaram fugir por um túnel, no início da mafrugada desta quarta-feira. A Polícia Militar surpreendeu um dos presos na saída do túnel e a fuga foi impedida.

Um detento ficou ferido e foi levado a um hospital de Ponta Grossa. Revoltados, os presos puseram fogo em colchões. O corpo de bombeiros já controlou o incêndio.

O minipresídio, com capacidade para 120 presos, abriga atualmente 272 detentos.

A polícia paranaense informou, por meio de assessoria, que a situação no local está controlada e que a ação dos presos não estaria ligada aos ataques e rebeliões atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital)

<b>Rebelião</b>

O sistema carcerário do Paraná registrou desde domingo seis motins em cadeias públicas.

O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, disse que a rebelião foi uma retaliação de presos à prisão em flagrante, na segunda, de um advogado ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

Por quatro horas e meia, 31 presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, mantiveram um agente penitenciário sob a mira de barras de ferro. No meio da tarde eles se renderam à Polícia Militar.

O secretário Delazari acusou o advogado Dálio Zippin Filho de ter vazado a notícia que, segundo ele, gerou o motim: a prisão do advogado André Lanzoni Pereira, 29, pela setor de inteligência da Polícia Civil do Paraná.

Pereira foi preso ao sair do CDP de São José dos Pinhais. Por ordem do PCC, disse Delazari, ele visitou três presídios da região de Curitiba insuflando clientes a se rebelar. A orientação, ainda segundo o secretário, foi flagrada por agentes penitenciários.