Detentos rebelados em Salvador impõe condições para libertação de reféns

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Publicado sábado, 6 de dezembro de 2003 as 16:40, por: CdB

Os 64 presos rebelados no Pavilhão 2 da Penitenciária Lemos de Brito, em Salvador, só admitem liberar os quatro reféns se a Secretaria da Justiça e Direitos Humanos recuar na aplicação do novo Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), implantado pelo governo federal.

Sob alegação de que não estão entre os presos mais perigosos, os amotinados querem voltar a receber visitas íntimas e alimentos fornecidos por parentes, direitos suspensos pela RDD, que reduziu ainda em uma hora o período do banho de sol.

Os agentes penitenciários Antônio Reis e Manoel Tomaz estão em poder dos amotinados há três dias, junto com o ex-policial militar conhecido por Longuinho, que cumpre pena por assalto, e outro interno chamado de “Jacobina”.

O juiz da Vara de Execuções Penais, Rilton Góes, que vem tendo participação decisiva na solução dos motins mais recentes, não conseguiu convencer os líderes do movimento. O tenente da Polícia Militar, Marcelo Pita, tenta reabrir as negociações, que foram suspensas na noite desta sexta-feira.