Destruição de armas químicas está atrasada

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Publicado quarta-feira, 28 de abril de 2004 as 04:59, por: CdB

A destruição de armas químicas prevista na convenção internacional firmada em 1997 está muito atrasada, segundo um relatório do governo norte-americano publicado na última terça-feira. A lentidão aumenta o risco de ataques terroristas com este tipo de armamento.

Estados Unidos e Rússia, que juntos possuem 95% das armas químicas declaradas, cumprirão os objetivos fixados na Convenção para a Proibição de Armas Químicas de 1997, mas isto ocorrerá apenas em 2012, assinala o Bureau Contábil do Governo americano.

– Apesar de ter desempenhado um importante papel na redução dos riscos, os objetivos de não-proliferação estão mais difíceis de se alcançar do que o previsto – destaca o relatório.

De acordo com o documento, menos de 40% dos Estados membros aprovaram as leis previstas pela convenção para coibir atividades proibidas, e existe a preocupação de que China, Irã, Rússia e Sudão não tenham declarado a totalidade de seus programas de armas.

A convenção determina aos 157 Estados membros o estabelecimento de uma autoridade nacional para controlar o comércio e a transferência de certos produtos químicos, além do acompanhamento de sua produção.

O diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), George Tenet, advertiu no último mês que grupos extremistas como a Al-Qaeda têm interesse em obter armas químicas.

As autoridades jordanianas anunciaram na última segunda-feira ter frustrado um atentado com produtos químicos preparado pela rede terrorista Al-Qaeda contra a sede dos serviços secretos em Amã, que poderia ter matado mais de 80 mil pessoas.