Demissão na Petrobras dá início a ataque especulativo às ações na B3

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Publicado quarta-feira, 15 de maio de 2024 as 20:09, por: CdB

Em comunicado enviado aos acionistas, a Petrobras disse que Prates deve renunciar oficialmente em uma próxima reunião do conselho de administração. O executivo foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após uma disputa sobre o pagamento de dividendos.

Por Redação – de São Paulo

As ações da Petrobras pressionavam para baixo o Ibovespa nesta quarta-feira, após a companhia anunciar a saída do CEO Jean Paul Prates na noite anterior. A empresa de economia mista, sob controle estatal, chegou a perder quase R$ 50 bilhões em valor de mercado. Mas o ataque especulativo iniciado pela manhã, quando os papéis da petroleira chegaram a perder mais de 8%, perdeu força ao longo da sessão.

Magda Chambriard
A engenheira Magda Chambriard foi indicada para a Presidência da Petrobras

Em comunicado enviado aos acionistas, a Petrobras disse que Prates deve renunciar oficialmente em uma próxima reunião do conselho de administração. O executivo foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após uma disputa sobre o pagamento de dividendos.

A estatal confirmou que o Ministério de Minas e Energia propôs o nome de Magda Chambriard, ex-chefe da ANP, a agência reguladora de petróleo e gás do Brasil, para substituir Prates como CEO, uma indicação do presidente Lula.

 

Recuo

Os papéis preferenciais da companhia caíram, na mínima do dia, 7,4% por volta das 10h30, enquanto os ordinários cediam 8,8%. O Ibovespa caía 0,97% no mesmo horário, negociado aos 127.264 pontos, mas recuperava-se no meio da tarde, aos 128.192 pontos e recuo de 0,25%, enquanto o dólar subia 0,31%, a R$ 5,15.

Na agenda do dia, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve queda de 0,34% em março na comparação mensal, abaixo do esperado, após ter registrado expansão de 0,40% em fevereiro. A projeção de economistas era de contração de 0,25%.

Nos Estados Unidos, o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que desconsidera preços de itens mais voláteis como alimentos e energia, subiu 0,3% em abril na comparação mensal, de acordo com dados divulgados nesta manhã pelo Departamento do Trabalho norte-americano.

 

Inadimplência

Já o índice principal também teve alta de 0,3% no mês, após variação de 0,4% em março. Nos 12 meses encerrados em abril, o núcleo subiu 3,6%, enquanto o indicador cheio avançou 3,4%. Até março, a alta em um ano era de 3,8% e de 3,5%, respectivamente. Até março, a alta em um ano era de 3,8% e de 3,5%, respectivamente.

Estimativa de economistas consultados pela Bloomberg era de alta de 0,3% na base mensal para o núcleo e de 0,4% para o índice geral, em parte devido a preços mais altos de combustíveis.

A temporada de balanços do primeiro trimestre segue no radar. Ontem, a Nu Holdings, controladora do Nubank, reportou receita recorde de US$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre, ao mesmo tempo em que reconheceu que seu crescimento está acompanhado de uma taxa de inadimplência mais alta.

O lucro líquido somou US$ 378,8 milhões, ante estimativa média de US$ 357,3 milhões em uma pesquisa da agência norte-americana de notícias Bloomberg junto a economistas.

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