Uma delegação israelense de três embaixadores visita Brasília com o intuito de fortalecer os laços diplomáticos entre os dois países. O grupo passa o dia em reuniões nos ministérios da Ciência e Tecnologia e das Relações Exteriores. Está também agendado um encontro com a Assessoria Internacional do Palácio do Planalto.
— O diálogo, neste momento, está mais centrado em pontos político-estratégicos das relações entre os dois países do que propriamente em temas comerciais — adianta Eitan Surkis, ministro-conselheiro da embaixada de Israel no Brasil. Segundo ele, o grupo vai sondar o governo brasileiro sobre as posições do Brasil acerca do Mercosul em um almoço com o gabinete do chanceler, Celso Amorim.
Para Surkis, na área comércial, os dois países ainda têm uma performance tímida, se avaliadas as potencialidades de ambos.
— Trocamos cerca de US$ 400 milhões por ano em café, carne, maquinário, fertilizantes e tecnologia de ponta. Apesar de o Brasil ser o melhor parceiro comercial da América Latina, ainda há muito a ser feito — avalia.
Os três embaixadores também firmaram, no ministério da Ciência e Tecnologia, estudos de cooperação em diversos assuntos, que vão desde energia solar até irrigação.
— Temos bastante experiência na área de energia solar, até porque, em Israel, o uso desse tipo de fonte é obrigatório em todas as casas — explicou o ministro-conselheiro da embaixada, adiantando que seminários bilaterais serão o primeiro passo para a cooperação tecnológica, que terá o apoio do renomado Instituto Waizman, de Israel.
Os embaixadores israelenses Pinchas Avivi (vice-diretor para América Latina), Daniel Mukadi (vice-diretor geral de Planejamento Político) e Geremy Izascharov (vice-diretor geral para assuntos estratégicos) viajam ainda nesta segunda para a Argentina.