Declaração infeliz leva governador gaúcho a pedir desculpas às vítimas

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Publicado quarta-feira, 15 de maio de 2024 as 20:21, por: CdB

Eduardo Leite carrega em seu currículo; além do neoliberalismo selvagem, o desmonte das leis estaduais de proteção ambiental. Desde seu primeiro ano de mandato, em 2019, o tucano alterou cerca de 480 normas do Código Ambiental do Estado, segundo levantamento público. 

Por Redação – de Porto Alegre

Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB) publicou um vídeo, nesta quarta-feira, em que pede desculpas por ter dito que, embora as doações às vítimas das enchentes que assolam o Estado sejam bem-vindas e recebidas de forma positiva, há uma preocupação sobre os efeitos delas no comércio local.

Eduardo Leite
O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), é conhecido por suas posições de ultradireita

— As últimas semanas têm sido brutais para todos nós, e ninguém está livre de errar. Portanto, meu mais sincero pedido de desculpas pela confusão que possa ter causado no entendimento de algumas pessoas — disse Leite, em um vídeo veiculado pelas redes sociais.

Na véspera, o político de direita argumentou que a chegada de um volume considerável de doações físicas ao Estado pode prejudicar o reerguimento do comércio gaúcho, que já está impactado pelas recentes enchentes.

 

Cheias

A declaração do governador gerou repúdio nas redes sociais,  principalmente pela situação de vulnerabilidade de parte significativa da população gaúcha que precisa da ajuda emergencial.

Após a declaração infeliz, Leite tornou-se um dos assuntos mais comentados na rede X, ex-Twitter, sendo citado em mais de 60 mil mensagens relacionadas à política.

Eduardo Leite carrega em seu currículo; além do neoliberalismo selvagem, o desmonte das leis estaduais de proteção ambiental. Desde seu primeiro ano de mandato, em 2019, o tucano alterou cerca de 480 normas do Código Ambiental do Estado, segundo levantamento público. 

As mudanças acompanharam o afrouxamento da política ambiental brasileira incentivada, em paralelo, pelo então ministro do Meio Ambiente do governo de Jair Bolsonaro (PL), o hoje deputado Ricardo Salles (PL-SP).

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