Daukoru diz que preço do petróleo está ‘satisfatório’

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Publicado quarta-feira, 30 de agosto de 2006 as 13:15, por: CdB

O nível atual de preços do petróleo, que oscila em torno dos US$ 70 por barril, é “satisfatório” e não causa danos ao crescimento econômico mundial, disse nesta quarta-feira o presidente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Edmund Daukoru. Às 10h44 (horário de Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em outubro, era negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, a US$ 69,96, alta de 0,36%.

– O nível geral atual é satisfatório. Digo isso porque não vemos nenhum dano à projeção de crescimento do PIB em nível mundial – disse Daukoru.

Segundo ele, os preços vêm apresentando ligeiro recuo devido a fatores como o cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista libanês Hizbollah, a recuperação parcial da produção na Nigéria e a ausência de furacões como o Katrina no golfo do México. Fatores como crises geopolíticas, excesso de demanda e riscos de escassez provocam oscilações acentuadas no preço do petróleo. O preço da commodity levou 17 meses para passar dos US$ 30 para os US$ 40, atingidos em maio de 2004. O crescimento da demanda na China e nos EUA esteve entre as principais razões para a alta.

Já o patamar de US$ 50 foi atingido em setembro de 2004 –apenas quatro meses depois, quando começou a crescer o temor de uma demanda excessiva por combustível para calefação nos EUA. Os US$ 60 foram alcançados em junho de 2005, e ficaram para trás em agosto do mesmo ano, quando chegaram a US$ 70, após a passagem do Katrina. O recorde mais recente, US$ 78,40, foi atingido no dia 14 de julho –dois dias depois de iniciado o conflito entre Israel e o Hizbollah.

Daukoru afirmou que a prioridade da Opep é reduzir a volatilidade dos preços, e não estipular uma meta ou banda de variação específicas para as cotações da commodity.

– Queremos moderar as variações, para que não escapem do controle em uma direção ou em outra – disse.

O cartel deve se reunir no próximo dia 11, em Viena (capital da Áustria), para decidir qual será a nova meta de produção dos países associados.