Crivella nega corrupção e critica matéria da IstoÉ

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Publicado sábado, 21 de maio de 2005 as 14:59, por: CdB

O senador Marcelo Crivella (PL-RJ), bispo da Igreja Universal, criticou em entrevista à rádio CBN a matéria publicada na edição desta semana da revista IstoÉ, que o acusa de ser responsável por empresas que lavam dinheiro em paraísos fiscais. Crivella afirmou que os documentos apresentados pela revista são falsos, e disse que não foi procurado pelo jornalista, que teria feito a reportagem apenas para destruir sua imagem.

“Não sou acionista da empresa, nem nunca tive conta bancária no exterior. Só tive uma conta-salário quando fui missionário da Universal na África do Sul”, afirma Marcelo Crivella.

De acordo com a IstoÉ, o bispo estaria por trás das empresas Cableinvest e Investholding, que enviaram dinheiro por meio de operações irregulares para a conta bancária de membros da Universal.

As empresas, com sede no paraíso fiscal das Ilhas Cayman, no Caribe, teriam depositado cerca de US$ 18 milhões para operações da Universal no País, segundo documentos da Receita Federal. Há indícios de que o esquema foi utilizado para a compra da TV Record do Rio, em 1992, e de outras emissoras.

“Essa reportagem (da IstoÉ) foi feita com base em denúncia anônima, e com documentos em folha de papel sem timbre, e que nem ao menos contavam com minha assinatura”, acusa Crivella.

“É indício leviano, estou sendo vítima de uma campanha de difamação, assim como já havia acontecido na eleição para a prefeitura do Rio, em 1992”, diz.

Crivella diz que não teve a chance de se defender com o jornalista, que não o teria procurado durante a reportagem. “Se eu tivesse tido acesso a estes documentos, teria provado que são falsos. Em nenhum ponto o repórter deixa claro que tentou me entrevistar. Isso é prática de reportagem vendida, fraudulenta”, aponta o bispo.