Os preços do petróleo em Nova York atingiram novos recordes de alta nesta quinta-feira, em um mercado preocupado com a violência no Iraque, a falência da russa Yukos e um furacão que ameaça a produção no Golfo do México.
Os contratos futuros para entrega em setembro em Nova York chegaram a US$ 45,45 o barril. Às 11h50 (horário de Brasília), eles eram cotados a US$ 45,33. Em Londres, os contratos do petróleo tipo Brent atingiram o recorde de US$ 42,09, para depois serem negociados a US$ 42,05.
– A boa recuperação que vimos ontem deixou o mercado em uma posição altista, para testar novas altas – disse Tom Bentz, analista do BNP Paribas.
Na quarta-feira, os preços subiram após novas ameaças de militantes de atacar oleodutos no Iraque. A oferta está atualmente na metade da cpacidade, a 1 milhão de barris por dia.
A milícia xiita iraquiana ameaçou atacar a infra-estrutura petrolífera do país se a cidade sagrada de Najaf fosse invadida. Fuzileiros navais norte-americanos lançaram nesta quinta-feira uma grande ofensiva para conter uma rebelião em Najaf.
– O mercado está nervoso com o Iraque e com a Yukos – disse um operador.
Analistas técnicos disseram que os preços podem testar patamares acima dos recordes desta manhã. “O espaço é para subir perto de US$ 45,60 e possivelmente até o nível psicológico de resistência de US$ 46”, afirmaram os analistas do MCM Eurowatch.
Na Rússia, um tribunal de Moscou negou o pedido da Yukos para ampliar o prazo de pagamento de US$ 3,4 bilhões relacionados a impostos de 2000. O furacão Charley abateu as Ilhas Cayman, enquanto a tempestade tropical Bonnie ameaça o Golfo do México, levando muitas empresas da região a suspender a produção de petróleo e gás.