Crise no setor de inteligência leva governo a apoiar CPMI

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Publicado quinta-feira, 20 de abril de 2023 as 17:14, por: CdB

A nova conjuntura, que exige a instalação da CPMI, porém, “em nenhum momento afetará o calendário” de tramitação das medidas provisórias de interesse do Planalto e os trabalhos das comissões mistas instaladas para analisá-las, acrescentou. A votação do novo arcabouço fiscal, segundo afirmou, será mantido.

Por Redação – de Brasília

Ministro das Relações Institucionais, o deputado licenciado Alexandre Padilha (PT-SP) admite que a realidade, após a demissão do general Gonçalves Dias (GDias), com o vazamento das imagens do dia 8 de janeiro de dentro do Palácio do Planalto. Padilha admite, agora, que o governo não vê outra possibilidade senão ampliar as investigações sobre o golpe fracassado. A intenção da oposição de criar uma CPMI para investigar o ataque à democracia passou a ser apoiada pelo governo.

Padilha
Condutor da política do governo Lula, no Congresso, o ministro Alexandre Padilha (PT-SP) passou a apoiar a CPMI

— A CPMI será a pá de cal na teoria conspiratória — afirmou o ministro.

A nova conjuntura, que exige a instalação da CPMI, porém, “em nenhum momento afetará o calendário” de tramitação das medidas provisórias de interesse do Planalto e os trabalhos das comissões mistas instaladas para analisá-las, acrescentou. A votação do novo arcabouço fiscal, segundo afirmou, será mantido.

‘Terraplanismo’

Padilha disse, ainda, que o Palácio do Planalto e os líderes do governo, no Congresso, apoiarão e vão acelerar a instalação da CPMI.

— Vamos enfrentar esse debate político que (…) tentam criar. Tentam criar uma teoria da conspiração absurda, um verdadeiro ‘terraplanismo’, de que as vítimas (o STF, o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional) têm responsabilidade sobre a atuação dos terroristas — acrescentou.

Na véspera, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o prazo de 48 horas para a Polícia Federal (PF) tomar o depoimento do agora ex-ministro GDias; além de identificar todos os agentes que tiveram os rostos borrados nas imagens vazadas no vídeo que circula pelas redes sociais.

Biografia

O ministro ordenou também a intimação “imediata” do ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, para identificar todos os servidores civis e militares mostrados no vídeo vazado.

Questionado sobre a demissão do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Padilha respondeu que sem o cargo no GSI ele terá mais condições de se defender e apresentar sua versão.

— Um vídeo vazado com edição não é suficiente para destruir uma biografia. Mas tem que ser apurado não só o GDias, e sim todos os que estavam nos vídeos — concluiu.

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