Crédito garantido tende a duplicar eficiência econômica brasileira

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Publicado sexta-feira, 11 de outubro de 2024 as 19:46, por: CdB

Segundo o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, a meta é cortar pela metade o chamado spread bancário, que é a diferença entre o juro que o banco paga para captar recursos e a taxa que ele cobra para emprestar aos clientes. Atualmente, calcula, o spread médio do país está em 20%,

Por Redação, com ABr – de Brasília

A equipe econômica aposta no crédito com garantias como forma de turbinar os empréstimos com taxas de juros mais baixas do que as praticadas no mercado ― uma agenda que conta com o apoio do futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo. Para isso, o governo mira quatro pilares: imóveis, veículos, previdência privada e o novo consignado privado, cuja proposta será enviada ao Congresso ainda este ano.

Banco Central
Autoridade monetária brasileira, o Banco Central tenta controlar a inflação por meio dos juros

Segundo o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, a meta é cortar pela metade o chamado spread bancário, que é a diferença entre o juro que o banco paga para captar recursos e a taxa que ele cobra para emprestar aos clientes. Atualmente, calcula, o spread médio do país está em 20%, mais do que o triplo da média internacional, que é de 6%.

— De um lado, a gente está reduzindo muito o custo para as empresas por meio da competição fora do sistema bancário (via mercado de capitais). Só que, para as pessoas físicas, os spreads continuam elevados. E é aqui que a garantia é extremamente relevante. O rotativo e o cheque especial (duas linhas emergenciais que não têm garantia) puxam esse número lá para cima — explica.

 

Análise

O objetivo da equipe econômica é reduzir esse custo para 10% em um período de cinco anos.

— Isso nos daria um ganho de 3% no nível do Produto Interno Bruto (PIB) — acrescentou, em entrevista ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, nesta manhã.

Pinto, no entanto, calcula que o objetivo somente será alçado se o governo negociar um pacote de mudanças regulatórias embutidas em oito Projetos de Lei (PL) junto ao Congresso. Os textos, pendentes de análise nas duas Casas do Parlamento, incluem alterações em regras dos setores bancário; de seguros e no mercado de capitais.

 

Capital

O tema também teve destaque nas falas do futuro presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, durante sabatina no Senado, na última terça-feira. Na ocasião, o futuro presidente do BC apoiou a expansão do crédito com garantia como uma das prioridades da instituição sob seu comando.

— Me parece que as pessoas, pelo acesso mais simples ao (crédito) rotativo, que não é exatamente o tipo de crédito desenhado para você usá-lo, mas a maioria está sempre usando, isso acaba acelerando ou aumentando o custo de capital — disse Galípolo, referindo-se aos juros do cartão de crédito, o financiamento mais caro do país.

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