Presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), voltou a defender nesta quinta-feira, em entrevistas a jornalistas em Brasília, a divulgação imediata dos nomes dos 57 parlamentares envolvidos com a máfia das ambulâncias que estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal.
– É preciso acabar com as especulações, portanto, esses nomes têm de ser divulgados – afirmou.
Biscaia reuniu-se no final da tarde desta quarta-feira com a presidente do Supremo, ministra Ellen Gracie. Ele fez um apelo ao Supremo para a quebra do sigilo dos processos contra os parlamentares. A decisão sobre o fim do sigilo foi adiada para próxima semana quando o ministro Gilmar Mendes, encarregado do caso no Supremo, retorna ao Brasil. Dos 57 parlamentares envolvidos, 15 são alvo de inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e já foram notificados para dar explicações por escrito à CPI. Biscaia enviou, ainda nesta quinta-feira, as notificações para os 42 restantes.
A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) falou da Tribuna do Senado, nesta quarta à noite e se emocionou ao garantir que não está envolvida com a máfia das ambulâncias. O nome da senadora teria sido citado à Justiça pelo empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos donos da Planan, principal empresa do esquema. Além de Serys, também teriam sido citados os nomes dos senadores Magno Malta (PL-ES) e do líder do PMDB, Ney Suassuna (PB). Serys recebeu o apoio de senadores tanto de oposição quanto governistas.