Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga o tráfico de armas devem se encontrar nesta quinta-feira com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, para discutir a questão das fronteiras do Brasil. Por ali suspeita-se que circulem parte das armas que abastece o crime organizado.
O presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL- CE), disse que a união é importante para que a CPI não seja só uma denúncia. “A CPI agora vai atrás de providências. As forças armadas têm que entrar no controle das nossas fronteiras. A marinha tem que ajudar na guarda costeira. Temos que nos unir.”
Hoje depuseram na CPI o delegado Arthur Cabral, que participou de apreensões de armas no Rio, e o diretor da delegacia de repreensão a armas e explosivos do Rio de Janeiro, Carlos Antônio de Oliveira, responsável por outras apreensões de contrabando.
Cabral apresentou dados sobre algumas das rotas por onde entram armas do Rio de Janeiro. A principal delas seria a chamada Costa Verde, da qual Angra dos Reis faz parte. Oliveira afirmou que o contrabando de munição, no estado do RJ, tem sido maior do que o de armas.