O ministro Roberto Amaral, da Ciência e Tecnologia, voltou a pisar na bola. Ao propor a extinção da Secretaria Especial de Política de Informática (Sepin), sem detalhar nova proposta que contemplasse a área de software, gerou preocupação em um segmento que sempre encontrou na Sepin o interlocutor adequado para levar ao Governo seus problemas e propugnar por soluções do interesse da tecnologia nacional. Notícia desta importância não poderia ensejar apenas um ato burocrático de simplificação da estrutura do MCT.
Por conta da incerteza, vários informatas subiram a serra na semana passada, para ouvir o discurso do ministro na inauguração do Centro de Tecnologia XML da Microsoft em Petrópolis, na esperança de que a questão fosse esclarecida.
Na oportunidade, Amaral realçou sua posição de que apenas através de uma conjugação de esforços do setor público (ali representado pela governadora Rosinha Garotinho, o prefeito de Petrópolis e o secretário de Estado, Fernando Peregrino) e do setor empresarial produtivo (representado pelos presidentes da Firjan, Eduardo Eugenio Gouvea Vieira; da Microsoft, Emilio Umeoka; e do vice da HP, Rodolpho Cardeluto, além de dirigentes da Assespro, Seprorj e Riosoft), seria possível resgatar o atraso que penaliza a sociedade brasileira. Seriam essas energias e competências que lhe permitiriam confiar no sucesso do projeto.
Bonito discurso, mas interpretado como verdadeira conversa-fiada. O ministro falou, falou, mas não disse nada, deixando a dúvida no ar: afinal, a Sepin vai ou não acabar?
CONVERSA-FIADA – 2
Como onde há fumaça, há fogo, as entidades nacionais representativas da tecnologia da informação dirigiram documento ao ministro, questionando que a simples extinção do Sepin significaria a perda de órgão específico estratégico para as políticas públicas de informática. Como ainda não houve resposta, continua a dúvida: a Sepin vai ou não acabar?
NO PAU
O Diário Oficial do Estado registrava, ontem, um título da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, apontado no 3º Ofício de Protesto.
DOBRADINHA
O Diário Oficial da Alerj publicou, ontem, a aposentadoria do ex-deputado Sivuca: cerca de R$ 2.250 mensais. Juntando à que já embolsa como delegado de Polícia, está bem de vida.
FELLINIANO
Apesar do prenúncio de guerra, o carnaval de Veneza, um dos mais tradicionais e coloridos do mundo, inspira-se este ano no grande cineasta italiano Federico Fellini. O tema da festa – de 21 de fevereiro a 4 de março – foi apresentado ontem na cidade dos canais.
HONORÁRIOS
Nos meios forenses há uma curiosidade geral: quanto o megadvogado Clóvis Sahione está cobrando para evitar que Silveirinha e seus parceiros vejam o sol quadrado?
À ITALIANA
O governo italiano prepara nova lei para regulamentar a adoção à distância ou apadrinhamento, costume que se tornou freqüente na Itália, a ponto de os doadores enviarem US$ 900 milhões anuais para a educação de crianças pobres do Terceiro Mundo.
Recentemente, o cineasta Roberto Benigni e sua mulher, a atriz Nicoletta Braschi, adotaram à distância a menina peruana Clara, de 6 anos. O prefeito de Roma, Walter Veltroni, fez o mesmo com um menino de Kosovo.
FÉ EM DEUS
A cantora mexicana Gloria Trevi, presa no México sob a acusação de rapto, corrupção e violação de menores, não necessita de psicólogos, garantiu ontem sua mãe, Gloria Ruiz, em entrevista ao jornal Reforma:
– Ela não recebeu nenhum tratamento além da oração, a confiança em Deus e a certeza da sua inocência.
Inconfidências
>> Enquanto as preocupações estão voltadas para Silveirinha e sua turma, as tarifas de telefone celular aumentaram 21,99%. E PT Saudações!
>> A Prefeitura de Nova York decidiu multar, em US$ 50, os idiotas que usarem celular em teatros, museus, bibliotecas e eventos culturais.
>> O Governo da Jamaica reconheceu ontem o rastafarianismo – que defende o uso da maconha por razões religiosas – como relig