Convênio assinado no Rio quer residências no lugar do presídio

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado terça-feira, 3 de junho de 2003 as 18:19, por: CdB

Depois de várias tentativas nos governos passados, o Complexo Penitenciário da Frei Caneca, no centro do Rio de Janeiro, será totalmente desativado e implodido em um ano.

Os cerca de 64 mil metros quadrados ocupados pelo complexo vão abrigar o projeto Residencial Nova Cidade, com 700 apartamentos para policiais civis e militares, um shopping center com teatro e cinema, uma escola e um posto de saúde.

O convênio foi assinado hoje pela governadora do Rio, Rosinha Matheus, e pelo prefeito da cidade, César Maia.

Pelo convênio, a Prefeitura do Rio, que agora é responsável pela área, repassou ao estado R$ 100 milhões, dos quais R$ 55 milhões serão usados para construir duas penitenciárias, três presídios, um hospital central e um manicômio em terrenos na Baixada Fluminense, Região dos Lagos e no Norte do Estado, além da modernização do presídio Bangu 1.

Os outros R$ 45 milhões serão destinados a projetos na área de Segurança Pública.

Segundo a governadora Rosinha Matheus, as novas unidades devem estar prontas em um ano para receber os 3 mil detentos do Complexo da Frei Caneca.

– Com a regionalização dos estabelecimentos penais, o governo do estado atinge o objetivo de manter os internos próximos a seus locais de origem, facilitando o acesso das famílias e, ao mesmo tempo, dificultando a troca de informações entre criminosos de níveis de periculosidade diferentes – acrescentou Rosinha.

Dois prédios do complexo, onde funcionavam a Escola de Formação Penitenciária e o presídio feminino Nelson Hungria foram demolidos logo após a assinatura do convênio. As 277 detentas foram transferidas para uma casa de custódia no Complexo de Bangu.

A escola funciona agora em um prédio da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, na rua Senador Dantas, no centro da cidade.

O Residencial Nova Cidade deve estar totalmente concluído em dois anos e, segundo o prefeito Cesar Maia, a obra é de grande importância para a revitalização do centro da cidade.

– Além de valorizar o patrimônio público e privado, essa ação vai renovar a área do centro da cidade e todo o seu entorno, incluindo os três S: Estácio de Sá, Salvador de Sá e Mem de Sá – disse o prefeito.