![Militantes do Estado Islâmico durante parada militar pelas ruas de Raqqa, no norte da Síria](http://correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2014/11/estadoislamicoguerra.jpg)
Combatentes do Estado Islâmico na Síria anunciaram nesta segunda-feira a tomada de controle de um campo de gás na província central de Homs, a segunda instalação de gás capturada pelo grupo em uma semana após batalhas com as forças do governo.
O grupo radical muçulmano sunita publicou 18 fotos em redes sociais mostrando a bandeira do Estado Islâmico erguida sobre o campo de gás Jahar, além de veículos e armas conquistadas, de acordo com um site de monitoramento de atividades jihadistas.
À agência inglesa de notícias Reuters não pôde confirmar de forma independente os acontecimentos no local devido a restrições de segurança.
Combatentes do Estado Islâmico, que atualmente controlam até um terço da Síria e partes do território iraquiano, tendo declarado um “califado” na área sob seu domínio, já haviam tomado o campo de gás Sha’ar em 30 de outubro.
Faixa de Gaza
![Depois dos ataques no final do mês passado no Sinaí, as autoridades egípcias ordenaram o fechamento indefinido da fronteira de Rafah](http://correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2014/11/faixadegaza.jpg)
As autoridades israelenses bloquearam, neste domingo, os dois acessos para Gaza. Os pontos de acesso para pessoas e mercadorias Erez e Kerem Shalom estão bloqueados até nova decisão, diz um anúncio sucinto difundido por um porta-voz do Exército.
O incidente coincide com o aumento das tensões na cidade de Jerusalém devido a ultrajes por parte de judeus extremistas na mesquita de Al Aqsa, um dos três lugares mais sagrados do Islã junto às das cidades da Meca e da Medina no Reino da Arábia Saudita.
O território palestino está submetido por Israel a um agonizante bloqueio há oito anos e é sujeito a intervenções e a devastadores ataques por parte do Exército israelense, um dos 10 mais poderosos do mundo.
Delegações do governo palestino e de Israel tinham programado reiniciar, no último dia 27, negociações no Cairo, capital egípcia, para especificar as modalidades do cessar-fogo instaurado no final do último mês de agosto, mas o encontro não ocorreu após um ataque de grupos islamitas contra instalações militares na península de Sinaí.
O presidente egípcio, Abdel Fattah El Sisi, declarou que por trás dos ataques “houve mãos estrangeiras”, que se absteve de identificar, mas que claramente é uma alusão ao movimento islamita Hamas, forte em Gaza.
Membros do movimento refutam as alegações e asseguram que não se intrometem nos assuntos internos egípcios.
Depois dos ataques no final do mês passado no Sinaí, as autoridades egípcias ordenaram o fechamento indefinido da fronteira de Rafah entre ambos territórios e aumentaram a fiscalização de túneis através dos quais circulam mercadorias contrabandeadas para Gaza.
Hezbollah
![Secretário-geral do Hezbollah, Sayyid Hassan Nasrallah](http://correiodobrasil.com.br/wp-content/uploads/2014/11/alsaiidnesrallah.jpg)
Nesta segunda-feira, o Hezbollah afirmou que sua participação na guerra da Síria tem como objetivo a defesa do Líbano e de toda a região.
– Nossa luta na Síria (onde apoia o governo do presidente Bashar Al-Assad) é para evitar a hegemonia dos Estados Unidos, do sionismo (Israel) e dos takfiristas (terroristas islâmicos sunitas) – disse o secretário-geral do Hezbollah, Sayyid Hassan Nasrallah.
Ele negou que exista uma justificativa religiosa para o envolvimento no conflito sírio. O líder categoricamente descartou qualquer ligação com profecias esotéricas sobre o retorno de Al-Mahdi e advertiu que fazer a ligação de todos os incidentes com “sinais da aparição” é “um risco cultural e intelectual grave que só pode levar à decepção e a aberrações”.
Nasrallah salientou que a intervenção militar do grupo de resistência na nação vizinha “não responde à implementação de sinais que são especulados como um prelúdio para a chegada do aguardado Mehdi”.
Na escatologia islâmica, Al-Mahdi é o redentor profetizado do Islã que governará por sete, nove ou 19 anos antes do Dia do Juízo Final e salvará o mundo do mal.
Enquanto isso, o Exército continuou em partes do norte da cidade de Trípoli, onde há cerca de uma semana ocorreram violentos confrontos com militantes jihadistas sírios e libaneses, e foram presos suspeitos em Arsal, uma aldeia na fronteira com a Síria.
Os detidos em Arsal, que em agosto também viu confrontos pesados com terroristas sunitas, foram acusados de tentar entrar ilegalmente no país.
Tropas libanesas reforçaram a segurança, neste domingo, em Trípoli e no norte de Akkar, e fizeram buscas em um campo de refugiados sírios na vizinhança de Baddawi procurando suspeitos armados.
Operações similares com a criação de postos de controle e centros de monitoramento em estradas nas aldeias são realizadas em outras partes do país.