Combatentes do Estado Islâmico tomam segundo campo de gás na Síria

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Publicado segunda-feira, 3 de novembro de 2014 as 12:54, por: CdB
Militantes do Estado Islâmico durante parada militar pelas ruas de Raqqa, no norte da Síria
Militantes do Estado Islâmico durante parada militar pelas ruas de Raqqa, no norte da Síria

Combatentes do Estado Islâmico na Síria anunciaram nesta segunda-feira a tomada de controle de um campo de gás na província central de Homs, a segunda instalação de gás capturada pelo grupo em uma semana após batalhas com as forças do governo.

O grupo radical muçulmano sunita publicou 18 fotos em redes sociais mostrando a bandeira do Estado Islâmico erguida sobre o campo de gás Jahar, além de veículos e armas conquistadas, de acordo com um site de monitoramento de atividades jihadistas.

À agência inglesa de notícias Reuters não pôde confirmar de forma independente os acontecimentos no local devido a restrições de segurança.

Combatentes do Estado Islâmico, que atualmente controlam até um terço da Síria e partes do território iraquiano, tendo declarado um “califado” na área sob seu domínio, já haviam tomado o campo de gás Sha’ar em 30 de outubro.

Faixa de Gaza

Depois dos ataques no final do mês passado no Sinaí, as autoridades egípcias ordenaram o fechamento indefinido da fronteira de Rafah
Depois dos ataques no final do mês passado no Sinaí, as autoridades egípcias ordenaram o fechamento indefinido da fronteira de Rafah

As autoridades israelenses bloquearam, neste domingo, os dois acessos para Gaza. Os pontos de acesso para pessoas e mercadorias Erez e Kerem Shalom estão bloqueados até nova decisão, diz um anúncio sucinto difundido por um porta-voz do Exército.

Informações veiculadas pela imprensa em Tel Aviv afirmam que a medida se deve ao impacto, na sexta-feira, de dois foguetes artesanais, disparados da Faixa de Gaza, que impactaram em Eshkol, no sul de Israel, segundo fontes oficiais.

O incidente coincide com o aumento das tensões na cidade de Jerusalém devido a ultrajes por parte de judeus extremistas na mesquita de Al Aqsa, um dos três lugares mais sagrados do Islã junto às das cidades da Meca e da Medina no Reino da Arábia Saudita.

O território palestino está submetido por Israel a um agonizante bloqueio há oito anos e é sujeito a intervenções e a devastadores ataques por parte do Exército israelense, um dos 10 mais poderosos do mundo.

Delegações do governo palestino e de Israel tinham programado reiniciar, no último dia 27, negociações no Cairo, capital egípcia, para especificar as modalidades do cessar-fogo instaurado no final do último mês de agosto, mas o encontro não ocorreu após um ataque de grupos islamitas contra instalações militares na península de Sinaí.

O presidente egípcio, Abdel Fattah El Sisi, declarou que por trás dos ataques “houve mãos estrangeiras”, que se absteve de identificar, mas que claramente é uma alusão ao movimento islamita Hamas, forte em Gaza.

Membros do movimento refutam as alegações e asseguram que não se intrometem nos assuntos internos egípcios.

Depois dos ataques no final do mês passado no Sinaí, as autoridades egípcias ordenaram o fechamento indefinido da fronteira de Rafah entre ambos territórios e aumentaram a fiscalização de túneis através dos quais circulam mercadorias contrabandeadas para Gaza.

Hezbollah

Secretário-geral do Hezbollah, Sayyid Hassan Nasrallah
Secretário-geral do Hezbollah, Sayyid Hassan Nasrallah

Nesta segunda-feira, o Hezbollah afirmou que sua participação na guerra da Síria tem como objetivo a defesa do Líbano e de toda a região.

– Nossa luta na Síria (onde apoia o governo do presidente Bashar Al-Assad) é para evitar a hegemonia dos Estados Unidos, do sionismo (Israel) e dos takfiristas (terroristas islâmicos sunitas) – disse o secretário-geral do Hezbollah, Sayyid Hassan Nasrallah.

Ele negou que exista uma justificativa religiosa para o envolvimento no conflito sírio. O líder categoricamente descartou qualquer ligação com profecias esotéricas sobre o retorno de Al-Mahdi e advertiu que fazer a ligação de todos os incidentes com “sinais da aparição” é “um risco cultural e intelectual grave que só pode levar à decepção e a aberrações”.

Nasrallah salientou que a intervenção militar do grupo de resistência na nação vizinha “não responde à implementação de sinais que são especulados como um prelúdio para a chegada do aguardado Mehdi”.

Na escatologia islâmica, Al-Mahdi é o redentor profetizado do Islã que governará por sete, nove ou 19 anos antes do Dia do Juízo Final e salvará o mundo do mal.

Enquanto isso, o Exército continuou em partes do norte da cidade de Trípoli, onde há cerca de uma semana ocorreram violentos confrontos com militantes jihadistas sírios e libaneses, e foram presos suspeitos em Arsal, uma aldeia na fronteira com a Síria.

Os detidos em Arsal, que em agosto também viu confrontos pesados com terroristas sunitas, foram acusados de tentar entrar ilegalmente no país.

Tropas libanesas reforçaram a segurança, neste domingo, em Trípoli e no norte de Akkar, e fizeram buscas em um campo de refugiados sírios na vizinhança de Baddawi procurando suspeitos armados.

Operações similares com a criação de postos de controle e centros de monitoramento em estradas nas aldeias são realizadas em outras partes do país.