Com ou sem Lewandowski, PF fica com Andrei Rodrigues, diz fonte

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Publicado quarta-feira, 10 de janeiro de 2024 as 18:34, por: CdB

O presidente Lula não abre mão de indicar o titular da PF e Rodrigues foi o coordenador da equipe de segurança do líder petista, durante toda a campanha eleitoral; além de merecer a confiança irrestrita da primeira-dama, Janja da Silva.

Por Redação – de Brasília

Seja qual for o escolhido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para o Ministério da Justiça, no lugar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, o comando da Polícia Federal (PF) permanecerá com o delegado Andrei Rodrigues. A afirmativa consta de apurações realizadas pela mídia conservadora e publicada nesta quarta-feira.

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Andrei Rodrigues conta com o apoio do presidente Lula e da primeira-dama, Janja

O presidente Lula não abre mão de indicar o titular da PF e Rodrigues foi o coordenador da equipe de segurança do líder petista, durante toda a campanha eleitoral; além de merecer a confiança irrestrita da primeira-dama, Janja da Silva. A mudança no comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública tende a ocorrer nos próximos dias, com o anúncio do ex-ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Ricardo Lewandowski para o comando da pasta.

Outro ponto decisivo para a permanência de Rodrigues à frente da PF é o cuidado com que ele vem desdobrando o inquérito que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em denúncias que poderão resultar em uma pena mais pesada. Andrei Rodrigues afirmou nesta manhã, em entrevista à agência inglesa de notícias Reuters que a corporação promove investigações técnicas e sem açodamento nos casos que envolvem Bolsonaro; além de destacar que se preocupa para que não ocorram “erros” nas apurações.

— O trabalho está sendo feito e o resultado, em algum momento, isso vai acontecer. O que fazemos são investigações técnicas, com muita seriedade, com muito rigor, mas sem pressa e sem atraso. Fazemos no tempo da investigação, fazemos com respeito à Constituição, com respeito à legislação, com respeito aos direitos e garantias fundamentais, para que a gente não cometa erros em nenhuma investigação — disse.

 

Integridade

O comentário do chefe da PF ocorreu após ter sido questionado sobre se haveria uma preocupação diante do fato de Bolsonaro ter passado o aniversário da tentativa de golpe do 8 de Janeiro em uma praia no Rio de Janeiro enquanto autoridades dos Três Poderes participavam em Brasília de um ato em defesa da democracia.

Rodrigues afirmou que a preocupação dele não é atender às “expectativas de qualquer campo político ou de qualquer campo ideológico”, mas sim zelar pela integridade das investigações promovidas pela instituição.

— Elas têm o seu tempo próprio e darão as respostas legais que a gente precisa dar — ressaltou.

 

Investigação

O diretor-geral da PF evitou opinar sobre se a prisão do ex-presidente seria inevitável, diante das várias frentes de investigação contra Bolsonaro, robustecidas recentemente pela delação premiada do ex-ajudante de ordens dele Mauro Cid.

— Eu não posso, por óbvias razões, asseverar que a pessoa investigada A, B ou C vai ser indiciada, vai ser presa, o que vai acontecer. E a razão é muito simples, porque eu prezo e respeito muito a autonomia da equipe que está fazendo a investigação, que tem, com responsabilidade, focada na qualidade da prova, tem toda a liberdade e autonomia de fazer o processo investigatório e apresentar à Justiça aquilo que colheu de provas de autoria, materialidade e circunstâncias do fato — acrescentou.

Rodrigues rechaçou haver qualquer tipo de orientação da PF para que as investigações que envolvem o ex-presidente evitem uma eventual ação para se pedir uma prisão temporária ou preventiva.

— De forma alguma. De forma alguma. A nossa atuação, ela independe do status político, social e econômico do eventual investigado. Nós trabalhamos com o dado técnico. Se houver indícios de autoria, materialidade suficientes ao indiciamento, a pessoa será indiciada. Se houver, tecnicamente e com fundamento na legislação, não em achismo, não em convicções por A mais B, mas por provas de que a pessoa está cometendo crimes e que esses crimes e as situações que estão ocorrendo ensejam a prisão, por exemplo, temporária ou preventiva, o presidente do inquérito policial assim deve proceder — concluiu.

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