COB nega pendências em denúncia de assédio feita por nadadora

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Publicado terça-feira, 30 de julho de 2024 as 14:01, por: CdB

Em nota oficial publicada nesta terça-feira, o COB rebateu acusações de Ana, que disse ter se sentido pressionada e desamparada desde que recebeu o anúncio de que seria desligada dos jogos por indisciplina.

Por Redação, com CartaCapital – de Paris

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) afirmou não haver “denúncias pendentes” após a nadadora Ana Carolina Vieira, expulsa da delegação brasileira nos Jogos de Paris, ter afirmado que um comunicado anterior sobre episódio de assédio foi ignorado pela entidade.

Ana Vieira viajou a Paris, mas foi excluída da delegação brasileira antes de competir

Em nota oficial publicada nesta terça-feira, o COB rebateu acusações de Ana, que disse ter se sentido pressionada e desamparada desde que recebeu o anúncio de que seria desligada dos jogos por indisciplina. Ao se manifestar sobre o caso, a atleta mencionou denúncia que tinha feito.

O COB destacou que o caso citado pela atleta não tinha relação com o episódio do desligamento em Paris, mas afirmou que “não existem denúncias pendentes referentes a atletas ou membros do corpo técnico da natação”.

A jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, apurou que a denúncia foi feita pela atleta em 2021, contra um dirigente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), e foi arquivada por falta de provas.

Ao se manifestar nesta terça, o COB afirmou, ainda, que a atuação dos dirigentes durante o episódio do desligamento de Ana Vieira dos Jogos de Paris “foi pautada, como de costume, pelo respeito, atenção e cuidado à atleta em razão do momento delicado pelo que ela passava”.

Em vídeo postado nas redes sociais, a atleta afirmou ter sido obrigada a sair imediatamente da Vila Olímpica na capital francesa e que, por isso, teve de deixar parte de seus equipamentos por lá. Ela disse, ainda, que chegou a ser impedida de falar com um médico psiquiatra.

“A partir do momento que saí da sala que me anunciaram que eu estava fora por más condutas – eu vou provar tudo, que não tive má conduta nenhuma – a partir do momento que saí da sala, minha cara já estava em todas as possíveis páginas (na Internet)”, afirmou no vídeo.

O Comitê rebateu as acusações, afirmando que, ao longo do processo, a aleta “esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto”.

Ana ainda não se manifestou após a nota oficial do COB.

Entenda o caso

A exclusão foi anunciada no domingo. Ana e o também nadador Gustavo Santos, namorado dela, foram punidos por terem deixado a Vila Olímpica para visitar a Torre Eiffel sem autorização da delegação, o que foi considerado um ato de indisciplina.

Segundo o comunicado que confirmou o desligamento, Ana agiu “de forma desrespeitosa e agressiva” e “contestou decisão técnica tomada pela comissão da Seleção Brasileira de Natação”, por isso foi retirada da delegação, com efeito imediato. Gabriel recebeu apenas uma punição de advertência.

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