CNI: Trabalhadores do Nordeste têm piores condições de vida

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Publicado quinta-feira, 6 de outubro de 2005 as 21:03, por: CdB

Os trabalhadores do Nordeste do Brasil ganham menos e possuem menor escolaridade que os trabalhadores de outras regiões brasileiras. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 11,3% dos trabalhadores nordestinos ganham até um salário mínimo, número acima da média nacional, que é de 4,7%.  

O percentual de nordestinos com renda mensal superior a dez salários mínimos é de apenas 4,2%.A média nacional é de 7,1%. No Nordeste, 65,9% ganham até três salários mínimos. As regiões Sudeste e Centro-Oeste concentram os maiores rendimentos. No Sudeste, 40,9% recebem mais de três salários mínimos e, no Centro-Oeste, essa proporção é de 37,8%.

De acordo com a pesquisa, 1% dos trabalhadores é analfabeto. E de cada 100 trabalhadores que não sabem ler nem escrever, 46 moram na região Nordeste. A pesquisa da CNI teve como base dados de 2003 da Relação Anual de Informaciones Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego, por isso leva em conta apenas o mercado formal de trabalho, ou seja, todos os números se referem a trabalhadores que têm carteira assinada.

Apesar da presença massiva de mulheres, os homens continuam sendo maioria do mercado de trabalho. Eles representam 60% das pessoas que têm carteira assinada em todo o país. Por outro lado, elas possuem maior escolaridade que eles. No universo de analfabetos, elas representam 19,3%, enquanto que eles somam 80,7%. Entre os trabalhadores com curso superior completo, 55,9% são mulheres. Mesmo assim, os salários pagos às empregadas são menores do que os dos homens.