CNI aponta baixo crescimento da América Latina

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Publicado sexta-feira, 6 de janeiro de 2006 as 11:43, por: CdB

Na edição especial do Informe Conjuntural Economia Brasileira: Desempenho e Perspectivas, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta sexta-feira, a instituição mostra que o baixo crescimento econômico enfrentado pelo Brasil nos últimos anos atinge também outros países da América do Sul. O Chile, cuja economia expandiu-se em média 4,2% nos últimos dez anos, foi a única exceção, enquanto os demais países sul-americanos têm desempenho semelhante e crescem abaixo da média mundial, de 3,8%.

Segundo o estudo, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu, na última década, à taxa média de 2,2% ao ano, enquanto que o argentino aumentou 2,1%, apesar da crise financeira vivida por aquele país no biênio 2001-2002. Em alguns casos, como no Paraguai, na Venezuela e no Uruguai, o crescimento médio da economia ficou abaixo de 1,5% ao ano. Segundo a CNI, um dos principais motivos que justificam o fraco crescimento econômico brasileiro é a baixa participação do investimento no PIB. As economias latino-americanas investiram apenas 20,7% do PIB em 2004, nível abaixo da média mundial, que foi de 22,2%. No Brasil, esse percentual foi de 19,6%.

Já as economias mais industrializadas da Ásia investiram 26,4% do PIB no mesmo ano, sendo que as emergentes asiáticas atingiram 36,6%. “Não é surpresa, portanto, que sejam exatamente os países que apresentam as maiores taxas de expansão do mundo”, diz o documento da CNI, divulgado no dia 20 de dezembro de 2005.