Clinton mergulha em suas memórias

O ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, disse que está trabalhando contra o relógio para concluir o livro de memórias, pelo qual recebeu um adiantamento de US$ 12 milhões, e amigos disseram que ele está preso no que se tornou se assunto favorito: ele mesmo, segundo uma reportagem publicada pela revista ‘Vanity Fair’ da última segunda-feira.

Em uma entrevista ao editor especial da revista Sam Robert Anson, Clinton disse que está obcecado com a necessidade de terminar suas aguardadas memórias, apesar de ele ter iniciado o relato de seus anos na Casa Branca há apenas quatro meses.

– Estou literalmente mal dormindo. Estou trabalhando 24 horas. Estou me matando porque quero terminar. Foi difícil o suficiente viver minha vida da primeira vez. A segunda vez está realmente dura – disse o ex-presidente à revista.

Clinton afirmou que não está interessado em dar o troco aos adversários, mas em dizer o que aconteceu.

– Não tenho poder, e não posso fazer nada para ninguém mais de modo algum – disse o ex-presidente.

Segundo Anson, aqueles que convivem com Clinton dizem que ele não se desliga das memórias nem quando está em momentos de relaxamento. Um amigo que pediu para não ser identificado disse que ‘ele apenas fala’.

– Você não pode conversar com ele. Ele nunca pergunta sobre você. Ele nunca pergunta sua opinião sobre nada. Ele apenas ama falar e ter uma platéia – relatou o amigo.

– Ele está absorvido em si mesmo. Totalmente. Não se interessa em qualquer coisa que qualquer um faça ou o que pensem. Exceto o que eles pensam sobre o que ele está fazendo e dizendo – disse a fonte.
 
– Ele é como um Google ambulante. Não importa que palavra você insira, ele vai continuar buscando e buscando – disse um outro amigo.

Outros o descrevem como um homem que odeia estar sozinho e que domina qualquer ambiente em que se encontre.

Anson diz que o ‘casamento exaustivamente analisado’ dos Clinton também parece bem, apesar de as fofocas em torno de seu caráter conquistador persistirem e de relatos de que ele pretende se divorciar de Hillary. Os amigos dizem que nada disso faz sentido e que têm testemunhado múltiplos exemplos de carícias e afagos.

– Eles são as pessoas mais codependentes do mundo – disse o amigo James Carvile, ex-consultor de campanha.