Clima em São Januário muda após derrota do Vasco

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Publicado sexta-feira, 21 de julho de 2006 as 10:32, por: CdB

Quem foi a São Januário na terça-feira, véspera do primeiro jogo da final da Copa do Brasil, e voltou na quinta-feira, menos de 24 horas depois da derrota por 2 a 0 para o Flamengo, percebeu sem esforço a mudança no clima.

As batidas de funk altíssimas que deram o tom no último treino antes da decisão saíram de cena, dando lugar aos protestos.

Quando Valdiram e Edílson foram até a grade para distribuir autógrafos, dois torcedores se aproximaram. Um deles protestou:

– Isso é mole, né? Quero ver é fazer gol.

Depois, enquanto Edílson descia para o vestiário, um outro berrou. “Vasco não é Flamengo, não! Agora vocês têm que colocar o coração na ponta da chuteira na quarta”.

Uns outros dez torcedores de uma facção organizada, parados atrás de um dos gols, observavam o treino, sem, no entanto, fazer qualquer tipo de cobrança.

O técnico Renato Gaúcho, que ficou pouco mais de uma hora conversando com o grupo no centro do gramado, achou normal a cobrança dos torcedores.

O treinador, no entanto, implorou que os mesmos não desanimem às vésperas da final.

– O importante é o torcedor colocar na cabeça que, mais do que nunca, precisamos deles. Domingo, contra o Atlético-PR, e principalmente na quarta-feira que vem. Não acabou. E não acabou mesmo. O Flamengo pode até ser campeão na quarta-feira, mas eles vão ter que suar. E muito.

Segundo Renato, a postura do time na partida contra o Atlético-PR, em São Januário, pela 13ª do Campeonato Brasileiro, será fundamental para trazer de volta o apoio da torcida.

– Os torcedores podem até estar tristes hoje, como nós estamos. Mas se os jogadores demonstrarem a atitude que eu quero, já no jogo contra o Atlético-PR, eles vão se animar e nos ajudar a conquistar este título.