Chuvas aumentam criadouros do Aedes aegypti

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Publicado quinta-feira, 15 de dezembro de 2016 as 13:16, por: CdB

Os ovos do Aedes podem se conservar por mais de um ano e, em contato com a água, precisam de menos de uma hora para se transformarem em larvas do mosquito

Por Redação, com agências de notícias – do Rio de Janeiro:

Com as chuvas fortes que atingiram o Estado nos últimos dias, a população deve ficar em alerta para não permitir que a água se acumule em alguns pontos e possa se transformar em criadouro para o mosquito Aedes aegypti. O tempo quente e chuvoso é propício para a proliferação do mosquito, que transmite dengue, zika e chikungunya.

Casos de leptospirose também costumam crescer após temporais
Casos de leptospirose também costumam crescer após temporais

Os ovos do Aedes podem se conservar por mais de um ano e, em contato com a água, precisam de menos de uma hora para se transformarem em larvas do mosquito. Por isso, é importante, após a chuva, verificar se não existem vasilhas expostas que possam acumular água. As calhas de escoamento e os coletores de águas pluviais também devem estar limpos.

Outras ações que devem ser adotadas são verificar se o lixo foi colocado em sacos plásticos fechados. Checar se os pratinhos dos vasos de plantas estão cheios de areia. As ações de combate aos locais que acumulam água parada levam menos de 10 minutos e devem ser repetidas semanalmente.

Nas regiões onde aconteceram enchentes, os moradores e os profissionais de saúde devem ter atenção aos sintomas da leptospirose. Transmitida pela urina de ratos, a doença costuma ter alta ocorrência após contato com a água e a lama contaminadas.

O que é a leptospirose?

É uma doença infecciosa, causada por uma bactéria presente na urina do rato. Os primeiros sintomas surgem entre uma e duas semanas após o contato com a água contaminada. Mas podem levar até 30 dias para aparecer.

Os mais frequentes são febre, dor de cabeça e dores pelo corpo, principalmente na batata da perna. Todo paciente com leptospirose precisa de acompanhamento médico. Quando ocorre a suspeita, a pessoa deve procurar um serviço de saúde. Não há vacina contra a doença, e o tratamento é feito com antibióticos.

Para desinfetar sua casa e seus objetos. Deve ser usada uma mistura de quatro xícaras de café de água sanitária para cada 20 litros de água. Mas atenção: os moradores devem esperar baixar a água para lavar e desinfetar chão, paredes, objetos caseiros e roupas atingidas. Além da caixa d´água. Depois, tudo deve ser enxaguado com água limpa. Todo alimento que teve contato com água contaminada deve ser jogado fora.

Rio transborda na Baixada Fluminense

O Rio de Janeiro teve mais uma manhã de chuva contínua em diversos pontos do Estado. Na cidade do Rio, foram registrados retenções em algumas vias. O Aeroporto Santos Dumont opera com o auxílio de instrumentos para manobras de pousos e decolagens, de acordo com a Infraero.

Segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o Rio Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, transbordou durante a manhã desta quinta-feira. Porém, não houve registros de acidentes.

O mesmo já havia acontecido na noite anterior. após um forte temporal na região. Os municípios Muriaé, Santo Antônio de Pádua e Teresópolis estão sob estado de atenção. Devido à possibilidade de transbordamento nas próximas horas, caso a chuva não pare, informou o Inea.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, as chuvas devem continuar no Rio nos próximos dias. Com ventos de fracos a moderados. Para os cariocas, a temperatura no dia desta quinta não passa dos 25°C, enquanto esta sexta-feira ela pode cair para os 23°C. A mínima dos dois dias são as mesmas: 20°C.