Um grande número de trabalhadores tomou a Cidade Proibida de Pequim para começar a maior remodelação em mais de um século do complexo amuralhado de mais de 600 anos, antes dos Jogos Olímpicos de 2008.
O complexo labiríntico, lar de 24 imperadores, suas famílias e cortesãs, é um dos símbolos mais conhecidos da China e uma das atrações turísticas mais visitadas. Acredita-se que o complexo tenha 9.999 aposentos.
– Esta é a maior renovação da Cidade Proibida em mais de cem anos – disse Jin Hong-kui, vice-diretor do Palace Museum, como o complexo é conhecido.
O projeto envolverá cerca de 20 mil trabalhadores e 160 mil metros quadrados de construções, que não são praticamente renovadas desde a Dinastia Qing (1644-1911). Essa área representa somente 15% da área total do complexo, cercado por um fosso, no coração da capital chinesa.
– Para reformar os 160 mil metros quadrados de construções antigas prevemos um investimento de 100 milhões de iuans (12,1 milhões de dólares) por ano. Estará completo em 2020 – disse Jin.
Parte do impulso para o projeto, como o de muitos outros que estão sendo realizados em Pequim atualmente, é melhorar o local para os Jogos de 2008. Até lá, segundo Jin, somente os edifícios e as calçadas no eixo central da Cidade Proibida estarão remodelados.
– Eles (os visitantes) vêm aqui com o desejo de aprender a história da Cidade Proibida. Um palácio pobre e estragado não vai satisfazê-los. A Cidade Proibida precisa de uma renovação completa para preservar a herança cultural e sua função na sociedade – observou Jin.
Em 1987, a Cidade Proibida entrou para a lista de Patrimônios Culturais da Unesco.