O governo da China cancelou os feriados nacionais de maio e demitiu o ministro da Saúde chinês e o prefeito de Pequim após ter sido anunciado um grande aumento no número de pessoas infectadas pela pneumonia atípica no país.
Os feriados, que teriam início no dia 1º de maio e se estenderiam por uma semana, foram cancelados para que seja evitado o alastramento do vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês).
Segundo dados oficiais, 79 pessoas morreram e 1.807 casos da doença foram confirmados na China.
A agência de notícias chinesa, Xinhua, disse que o ministro da Saúde e o prefeito de Pequim perderam suas altas posições no Partido Comunista por terem falhado em seus esforços para combater a doença.
Novos Casos
Milhões de chineses viajam durante a chamada “semana dourada”, gerando lucros para a indústria do turismo e um aumento geral no consumo. O cancelamento é significativo, porque resultará em grandes perdas para a economia do país.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou a China por omitir o número real de pessoas infectadas pela doença. A Sars mata cerca de 4% dos pacientes contagiados, o total de mortos no mundo está em torno de 200.
Neste domingo, sete pessoas morreram em Hong Kong, elevando o número de mortes no território para 88. As autoridades locais anunciaram também 22 novos casos da doença.
No Canadá, mais uma pessoa morreu vítima da Sars, aumentando o total de mortos no país para 14.
Assim como os anteriores, o último paciente a morrer, um homem idoso, vivia na maior cidade do país, Toronto.
O presidente do hospital Sunnybrook, um dos maiores do Canadá, disse à BBC que a Sars está colocando grande pressão sobre o sistema de saúde do país.
Leo Steven disse que a descoberta de quatro novos supostos casos de Sars entre os funcionários do hospital havia provocado o adiamento de cirurgias de urgência.