Chile propõe colaboração para prevenir maremotos

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Publicado segunda-feira, 3 de janeiro de 2005 as 19:07, por: CdB

O governo chileno propôs nesta segunda-feira que os países do sudeste asiático afetados pelo terremoto e maremoto da semana passada trabalhem juntos para construir uma rede de prevenção contra este tipo de fenômeno nos dois lados do Pacífico.


O presidente chileno, Ricardo Lagos, em sua primeira atividade oficial de 2005, reuniu-se hoje em Santiago com os embaixadores de Índia, Indonésia, Malásia e Tailândia, alguns dos países mais afetados pelo desastre, e manifestou suas condolências.


Na oportunidade, o governante disse que, além da ação solidária de urgência, neste momento é oportuno que cientistas deste lado do Pacífico iniciem uma nova rede de colaboração com os países afetados para explorar estes fenômenos e fortalecer a prevenção.


Lagos lembrou ainda que, em 1960, o sul do Chile registrou um forte terremoto de 9,5 graus Richter, gerando um gigantesco maremoto que destruiu vários povoados e deixando cerca de 5 mil mortos.


A onda do maremoto atravessou o Pacífico e causou destruição e vítimas no Havaí e no Japão.
O governante afirmou que, a partir dessa dolorosa experiência, o Chile fortaleceu seus mecanismos de prevenção a tipo de catástrofe.


Quatro anos depois, o serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha criou o Sistema Nacional de Alarmes de Maremotos (SNAM). Em 1996, o organismo se integrou ao Sistema de Alarme do Pacífico, com sede no Havaí.


A idéia, segundo Ricardo Lagos, é que experiências como a do Chile sejam aproveitadas por outros países e seja possível avançar em conjunto em sistemas de alarme em ambos os lados do Pacífico.


A pedido do governo da Tailândia, o Chile enviará quatro especialistas que trabalharão no reconhecimento de corpos, anunciou a chancelaria.


Dois especialistas são forenses dentais, outro é especialista forense em DNA e o quarto em catástrofes. Eles se juntarão a outros seis profissionais que viajaram para a Indonésia no último fim de semana.


O governo também começou a recolher fundos através de uma conta bancária para ajudar às vítimas do sul da Ásia.


Os embaixadores dos países asiáticos afirmaram que suas nações pedem solidariedade e lembraram que as Nações Unidas precisam de cerca de 2 bilhões de dólares para reparar os estragos deixados pelos terremotos e pela série de maremotos.