Chávez quer França e Cuba no grupo de amigos da Venezuela

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Publicado sábado, 18 de janeiro de 2003 as 12:19, por: CdB

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse neste sábado, que pedirá o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ampliar o Grupo de Amigos da Venezuela, que considera muito restrito. Ele defendeu a inclusão de países como Cuba e França.

Ao ser perguntado se, caso mantida a composição atual, o grupo apoiaria as antecipações das eleições, como defendem os Estados Unidos, Chávez afirmou que não se trata de nenhum temor. Ele entende que a Venezuela tem muitos amigos, que poderiam também participar desse esforço para ajudar a encontrar uma solução para a crise. O presidente venezuelano reiterou que os oposicionistas que organizam uma greve geral há 48 dias integram um grupo golpista. Esse grupo interveio na empresa estatal de petróleo venezuelana (PDVSA).

Hugo Chávez também afirmou, ao desembarcar na Base Aérea de Brasília, que o grupo Amigos da Venezuela, formado por Brasil, Estados Unidos, Chile, Portugal, Espanha e México, “é um embrião de países dos continentes americano e europeu” que estão dispostos a encontrar uma solução para a crise venezuelana.

Chávez agradeceu a iniciativa dos seis países que compõem o grupo e defendeu o ingresso da Rússia, França, Jamaica e Cuba. “A Venezuela tem amigos no mundo inteiro, na América, Europa, Ásia, Oriente Médio, África e Caribe”, disse. Acrescentou que o governo russo vem defendendo desde do ínício de dezembro a idéia de criação do grupo e, por isso, a Venezuela não quer que a Rússia fique de fora, pois trata-se “de um grande amigo”.

Para ele, os atuais integrantes do grupo Amigos da Venezuela têm suas posições autônomas. Ressaltou que a questão interna em seu país afeta as relações no mundo inteiro. “Estamos costurando um caminho alternativo ao neo-liberalismo”, afirmou.