Chávez é primeiro presidente venezuelano a visitar a Índia

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Publicado sexta-feira, 4 de março de 2005 as 06:11, por: CdB

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, iniciou, nesta sexta-feira, a primeira visita de Estado de um chefe de Estado venezuelano à Índia, na qual tentará reforçar as relações entre os dois países, especialmente no campo energético.

Em sua chegada a Nova Délhi, o governante venezuelano foi recebido no palácio presidencial de Rashtrapati Bhavan por seu homólogo indiano, Abdul Kalam.

Posteriormente, Chávez e sua comitiva foram ao Memorial Gandhi de Nova Délhi, onde o governante latino-americano fez uma oferenda ante o monumento que lembra o pai da independência da Índia.

Chávez chegou acompanhado pelos ministros de Assuntos Exteriores, de Indústria Ligeira e Comércio, de Ciência e Tecnologia, do Meio Ambiente e Recursos Naturais, de Saúde e de Informação e Comunicações de seu Governo, para uma visita na qual ambos os países esperam tratar das possibilidades de cooperação em diversos campos.

Esta mesma manhã, o governante venezuelano iniciou seu programa de trabalho, com reuniões com os responsáveis indianos de Assuntos Exteriores, Natwar Singh, e de Petróleo e Gás Natural, Mani Shankar Aiyer.

Também está prevista uma nova reunião com o presidente Kalam e uma com o primeiro-ministro, Manmoan Singh.

Durante a visita de Chávez, Índia e Venezuela assinarão dois acordos para a cooperação no setor petroleiro e no de hidrocarbonetos, outro para a criação de uma Comissão Conjunta Indo-Venezuelana, um quarto para a colaboração em matéria de biotecnologia e outro no campo das ferrovias.

Depois de dois dias de atividades oficiais em Nova Délhi, Chávez viajará a Calcutá, a antiga capital, e Bangalore, o grande centro de desenvolvimento de informática e tecnologia de ponta na Índia.

Segundo disse a embaixadora da Venezuela na Índia, Milena Santana, “esta visita vai reforçar as relações, construir novas pontes e abrir novos espaços para nossa cooperação” entre os dois países.

A Índia, que com 1,05 bilhão de habitantes é o segundo país em população do mundo, depois da China, importa 70% dos hidrocarbonetos que consome e, atualmente, explora as possibilidades de aumentar sua produção própria e baratear suas provisões exteriores, para manter seu forte ritmo de desenvolvimento.