Campanhas nas mídias sociais contra o Uber pediam que os usuários deletassem suas contas e optassem por serviços rivais como a Lyft
Por Redação, com Reuters – de Nova York:
O presidente-executivo da Uber Technologies, Travis Kalanick, abandonou o grupo de consultoria empresarial criado pelo presidente Donald Trump em meio à crescente pressão de ativistas e funcionários contra as políticas de imigração do seu governo.
– Não me juntei ao grupo para endossar o presidente ou sua agenda. Mas infelizmente foi interpretado exatamente como isso – afirmou Kalanick, que planejava ir a uma reunião do grupo nesta sexta-feira, em email enviado aos funcionários e visto pela Reuters.
Mais tarde, a porta-voz do Uber, Chelsea Kohler, confirmou que o presidente da empresa havia deixado o grupo.
Entre os críticos às políticas de Trump estão muitos motoristas do Uber, que são imigrantes.
Campanhas nas mídias sociais contra o Uber pediam que os usuários deletassem suas contas. E optassem por serviços rivais como a Lyft. O Uber vem contatando os usuários que deletaram o aplicativo para dizer que compartilha das preocupações e que compensará os motoristas afetados pela restrição imposta pelo governo Trump.
Kalanick afirmou ter conversado brevemente com Trump sobre a decisão de imigração e “seus problemas para nossa comunidade”. Dizendo ao presidente que não se juntaria ao conselho econômico.
– Há muitas formas de continuarmos advogando por mudanças na imigração. Mas permanecer no conselho ficaria no caminho disso. O decreto presidencial prejudica muitas pessoas nas comunidades em toda a América – escreveu em nota aos funcionários.
– Famílias estão sendo separadas, pessoas estão presas no exterior e há crescente temor de que os EUA não mais sejam um lugar que acolhe imigrantes – acrescentou.
Em comunicado na quinta-feira. A Casa Branca não mencionou o Uber e disse que Trump “entende a importância de um diálogo aberto com líderes empresariais. Para discutir a melhor forma de tornar a nação uma economia mais forte.”
Microsoft
A Microsoft informou na quinta-feira que enviou uma proposta ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para criar um programa que permita que pessoas de sete países predominantemente muçulmanos entrem e saiam dos Estados Unidos. Em viagens de negócios ou de emergência familiares ou que não tenham cometido nenhum crime.
Em uma carta ao secretário de Segurança Interna, John Kelly, e ao secretário de Estado, Rex Tillerson. O presidente da Microsoft, Brad Smith, delineou um programa para revisão caso a caso das exceções a uma proibição de viagens instituída na semana passada.
A proposta da empresa argumenta que os secretários têm o poder de conceder exceções à proibição de viagens por ordem emitida na semana passada pelo presidente Trump.
Empresas de tecnologia como Microsoft, Alphabet, dona do Google; Apple e Amazon.com têm se manifestado contrariamente à ordem de Trump. Argumentando que elas dependem de trabalhadores de todo o mundo para permitir a continuidade de suas atividades.