O caso da obra original do pintor espanhol Salvador Dalí roubada de uma prisão de Nova York e substituída por uma cópia há uma semana pode ter sido resolvido com a confissão de um dos carcereiros do lugar, informa a imprensa este sábado.
A obra, doada à penitenciária pelo artista catalão em 1965, teria sido roubada por esse carcereiro, substituída por uma imitação e guardada em um armário até que uma simulação de incêndio o permitiu tirá-la da prisão de Rikers Island, informou o New York Times.
Segundo o jornal, as investigações se centraram em um funcionário da segurança da prisão que “atravessava problemas financeiros”.
De acordo com o canal local NY1, citando também fontes não identificadas, o funcionário confessou o crime e envolveu outras quatro pessoas no roubo.
Fontes da investigação negaram-se a comentar a notícia.
Dalí visitou deveria visitar os presos em 26 de fevereiro de 1965. Mas, no dia previsto, acordou com febre, suspendeu a visita e, em troca, desenhou em duas horas uma crucificação com uma dedicatória: “Para a cantina dos prisioneiros de Rickers Island. S.D.”.
Durante anos, o desenho ficou exposto. Em março de 1981 uma xícara de café jogada durante uma briga de internos quebrou o vidro do quadro e manchou a obra.
O incidente fez com que a administração reparasse o quadro, avaliado então em 175.000 dólares – a terça parte de seu valor atual -, e pensasse em vendê-lo. O projeto, no entanto, foi abandonado e a obra ficou relegada a um corredor, fora da visão de seus verdadeiros destinatários.
Mas, depois de uma matéria jornalística, a obra foi redescoberta e exposta na sala de visitas, de onde foi roubada e substituída por uma cópia. O destino da verdadeira obra não foi mencionado pelo jornal.