Batata de Matoso está assando
Os jornais desta quinta-feira informam algo que já tinha sido dito nesta coluna: se quisesse, a CEF poderia descobrir em minutos quem violou o sigilo bancário do caseiro Francenildo. Toda operação efetuada no sistema do banco é gravada. São identificados o autor, a operação e o horário. Para que a Caixa tenha mentido a esse respeito, deve estar envolvido algum peixe grande. O presidente Jorge Matoso pode estar arrumando as gavetas.
Tiro n’água
A Câmara aprovou nesta quarta-feira regras para a eleição deste ano. Tendo como objetivo restringir o abuso de poder econômico, elas foram um tiro n’água. Ficam proibidos, além dos showmícios, a distribuição de brindes como chaveiros , camisetas ou bonés e a propaganda em outdoors. Mas não se tocou no mais importante: um limite para os gastos. O projeto vai, ainda, para a apreciação do Senado.
Por que 90 dias?
O corporativismo no Judiciário dá mais uma demonstração de força. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fixou o generoso teto de R$ 24.500 para os vencimentos dos integrantes do Judiciário. Até aí, tudo bem. Mas deu um prazo de 90 dias para que a resolução entrasse em vigor. Por que todo esse tempo?
Operação Legalidade
Policiais civis do Rio estão recorrendo a um método curioso, mas eficaz, na luta por suas reivindicações. Passaram a reprimir atividades como jogo do bicho e exploração da prostituição, que, apesar de criminosas, são toleradas em troca de propinas. Ora, as formas de luta sindical são eficazes quando pressionam o empregador. Esta incomoda muito alguns escalões superiores e não pode ser condenada publicamente.
O Brasil e o Haiti, na Cepal
Em recente reunião da Cepal, em Santiago, estava em pauta o tema Haiti. O representante do Brasil disse que o seu governo pensa manter suas tropas por tempo indeterminado naquele país. O representante chileno ironizou: “A ocupação brasileira quer garantir que pelo menos a economia do Haiti crescerá menos que a do Brasil.” Todos riram, menos o brasil