O lateral-direito Cafu, 36 anos, afirmou nesta terça-feira que não pensa em se aposentar da Seleção Brasileira, mesmo após a campanha regular na Copa 2006.
– Acredito que ainda não seja a hora de parar de jogar pela Seleção – afirmou o camisa 2, que usou a braçadeira de capitão do Brasil no Mundial da Alemanha.
– É claro que eu falo em continuar, mas depende sempre do treinador, da comissão técnica. Eu vivo do futebol, trabalho para isso e não posso desistir, desanimar, por causa de uma derrota na Copa – emendou o atleta, em entrevista concedida na Fundação Cafu, no Jardim Irene, em São Paulo.
– Se eu for convocado, estou à disposição. Quer alguns de vocês, quer não. Não é por causa de meia dúzia de pessoas que vou desistir do futebol. O que eu ouvi de abobrinhas essa semana foi algo incrível – completou o lateral sobre a aposentadoria.
O jogador do Milan ainda negou que durante a Copa do Mundo estava preocupado apenas com recordes pessoais.
– Sempre se falou muito em recordes, mas nunca foram minhas metas principais – observou.
Com as quatro partidas disputadas na Alemanha (ele não jogou diante do Japão, no último jogo da primeira fase), Cafu superou Taffarel e Dunga e se tornou o jogador que mais vezes vestiu a camisa da Seleção em copas: 20 vezes.
Cafu preferiu não opinar a respeito do futuro técnico da Seleção Brasileira, nem se Carlos Alberto Parreira irá continuar no cargo.
– Não sei quem pode ser e nem vou dar palpite. Mas também não sei se o Parreira vai ficar, ele vai decidir com o Ricardo Teixeira (presidente da CBF) quando voltar da Alemanha – esquivou-se, antes de comentar a respeito da renovação da Seleção.
– Jogadores experientes têm que estar na Seleção, para segurar a bronca, dar ordens e deixar tudo certo. Independente de eu estar no time ou não, pode haver a renovação, mas tem que ter jogadores experientes.
O lateral-esquerdo Roberto Carlos, um dos mais experientes do elenco que disputou a Copa 2006, anunciou logo após a eliminação brasileira na competição, diante da França, nas quartas-de-final, que o seu ciclo na Seleção tinha chegado ao fim.