O presidente George W. Bush lançou nesta quinta-feira uma nova campanha para combater a crescente e tenaz oposição dos norte-americanos à ocupação do Iraque, que ofusca o clima político a pouco mais de dois meses das eleições legislativas de novembro.
Bush pronunciou em Salt Lake City (Utah, oeste) o primeiro de uma nova série de discursos para convencer a população americana de que a missão no Iraque faz parte da “guerra global contra o terrorismo” e a “luta entre as forças de liberdade e moderação e as forças da tirania e extremismo”, afirmou aos jornalistas a porta-voz da Casa Branca, Dana Perino.
A campanha começa com os temores dos republicanos de que a guerra tão impopular possa custar-lhes o controle do Senado e da Câmara de Representantes nas eleições legislativas de 7 de novembro.
– Não são discursos políticos – assegurou o presidente na quarta-feira.
– São discursos para deixar claro que se nos retirarmos antes de completar a tarefa, o perigo que esta nação correrá será ainda maior – afirmou Bush em Little Rock (Arkansas, sul), num comício voltado para as eleições.
– Espero seriamente que ninguém politize os problemas de que falarei – acrescentou.
Uma pesquisa recente do canal CBS e do jornal The New York Times revelou que 51% dos americanos acham que não existe vínculo entre a “guerra contra o terrorismo” e a campanha militar no Iraque.
Quase 60% desaprovam a política iraquiana de seu presidente. Desses, a maioria pede o início da retirada e apóia o argumento democrata de que os fundos utilizados para o Iraque deveriam ser destinados à busca de Osama bin Laden, responsável pelos atentados do 11/9.