Bush discutirá com generais mudança de tática no Iraque

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Publicado sábado, 21 de outubro de 2006 as 11:38, por: CdB

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, deverá realizar uma conferência em vídeo com seus principais generais no Iraque ainda neste sábado para discutir a escalada da violência no país.

– Vou falar com nossos generais e minha mensagem para eles é ‘o que quer que seja preciso, daremos a vocês; não importa qual tática vocês acreditam que funcione, apliquem. Nosso objetivo não mudou, mas as táticas estão se ajustando constantemente a um inimigo que é brutal e violento – disse Bush.

Apesar de admitir que é necessária uma mudança de tática no Iraque, o presidente deixou claro que a estratégia militar como um todo.

Pesquisas de opinião sugerem que dois terços dos americanos acham que a política de Bush no Iraque fracassou – uma percepção que pode fazer com que o Partido Republicano perca o controle de uma ou de ambas as câmaras do Congresso nas eleições de 7 de novembro.

Líderes da oposição democrata tentam pressionar Bush ainda mais, pedindo o início de uma retirada gradativa das tropas americanas do Iraque até o final do ano.

Eles desejam ainda que o presidente convoque uma conferência internacional para apoiar o que chamam que “um acordo político” no Iraque.

Pesquisa

No passado, pesquisas sugeriram que havia uma admiração do público americano em relação à estabilidade de Bush.

De acordo com o correspondente da BBC em Washington, Justin Webb, no momento, esta linha de pensamento pode estar se chocando com uma percepção do público de que os instintos de Bush em relação ao Iraque podem estar errados.

Na quarta-feira, Bush admitiu que a violência no Iraque pode ser equivalente à traumática experiência vivida pelos Estados Unidos no Vietnã.

Falando à emissora de TV americana ABC, Bush disse que poderia ser correto comparar a situação no Iraque à ofensiva de Tet, em 1968, tida como o momento-chave que mudou os rumos da guerra e abriu caminho para a derrota dos EUA no conflito.

Contudo, Bush negou que o número crescente de mortes americanas e iraquianas seja um sinal de que a campanha no país esteja fracassando.

Para as forças americanas no Iraque, este mês de outubro é um dos mais sangrentos no conflito até agora. Cerca de 70 militares já morreram, com uma média de três vítimas por dia, número mais alto desde janeiro de 2005.