O tiro esportivo nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, República Dominicana, teve apenas três dias de disputas e o Brasil já superou sua campanha em relação à última edição, graças à medalha de prata conquistada por Rodrigo Bastos na fossa olímpica, neste domingo.
Além da segunda colocação na prova, o atirador brasileiro conquistou uma vaga para os Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e bateu o recorde pan-americano de 122 pontos, ao marcar 124 dos 125 possíveis. A marca também é igual ao recorde olímpico do australiano Michael Diamond obtida nos Jogos de Atlanta, EUA, em 96.
Nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, Canadá, em 99, o tiro só conseguiu uma medalha de bronze, com Luiz Carlos da Graça, na categoria fossa dublê.
— Garantir a vaga para Atenas foi muito importante, mas ganhar a medalha foi melhor. Já esperava bons resultados aqui, pois fiz uma preparação para chegar em alta e deu certo — revelou o atirador, que ficou em sétimo lugar na sua única participação em Jogos Olímpicos – em 1988, em Seul, Coréia do Sul.
Ganhar medalhas e subir no pódio já é uma rotina para Bastos. Ele, que faz parte da elite mundial de sua categoria sempre obtendo bons resultados e chegando em finais de torneios internacionais, já foi campeão de uma etapa da Copa do Mundo em 1988, no México, bronze na mesma prova, no ano seguinte, e também bronze nos Jogos Pan-Americanos de Indianápolis, EUA, em 1987.
Agora, Rodrigo já começou a pensar nos próximos Jogos Olímpicos.
— A primeira Olimpíada é mais complicada. É muito diferente. Para a próxima eu já vou estar
melhor. Participar de uma Olimpíada já é um grande feito. É um vestibular muito duro — afirmou o atirador, que dedicou a medalha a sua esposa e seus dois filhos.