Boulos desiste de ser ministro no governo do presidente Lula

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Publicado segunda-feira, 19 de dezembro de 2022 as 15:03, por: CdB

“Sou deputado federal eleito e vou exercer o meu mandato na Câmara. Nós defendemos que o Ministério da Cidades fique com a esquerda, e há grandes nomes para isso. Eu pretendo estar na Câmara dos Deputados no ano que vem. Até porque devo ser candidato a prefeito de São Paulo daqui a um ano e meio”, explicou Boulos.

11h16 – de São Paulo

Deputado mais votado de São Paulo, o líder popular Guilherme Boulos (PSOL), embora tenha recebido o apoio de setores do seu partido e até do próprio presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para ocupar um posto na Esplanada dos Ministérios, decidiu não ser ministro do governo Lula. Diante uma série de controvérsias, junto à direção nacional da legenda, Boulos falou publicamente nesta segunda-feira sobre sua agenda, em 2023.

Lula e Boulos
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— Sou deputado federal eleito e vou exercer o meu mandato na Câmara. Nós defendemos que o Ministério da Cidades fique com a esquerda, e há grandes nomes para isso. Eu pretendo estar na Câmara dos Deputados no ano que vem. Até porque devo ser candidato a prefeito de São Paulo daqui a um ano e meio. Se fosse chamado para o ministério ficaria um ano, teria de me desincompatibilizar e não daria para fazer um trabalho com começo, meio e fim — afirmou.

Guajajara

A opção de Boulos abre caminho para que a emedebista Simone Tebet ocupe a pasta. Boulos, no entanto, disse que a deputada Sônia Guajajara (PSOL-SP) poderá assumir o ministério dedicado à questão indígena.

— O PSOL decidiu pelo apoio a Lula e orientação para a bancada ser base do governo. A decisão vai contra uma visão que existia de independência do partido em relação ao novo governo. O PSOL também decidiu que não pleiteará ou terá cargos no governo. No entanto, vamos respeitar e apoiar caso Sônia Guajajara seja indicada para o Ministério dos Povos Originários, por entender que essa é uma conquista histórica do movimento indígena — acrescentou Boulos.

Boulos é, ainda, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

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