Bolsonaro trai compromisso com ex-ministra e direita racha no MS

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Publicado quinta-feira, 25 de julho de 2024 as 19:25, por: CdB

A manobra, articulada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) e fechada durante reunião do tucanato com Bolsonaro, também incluiu uma audiência com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, no fim de junho, pelas costas da senadora que, à época, integrava uma comitiva oficial do Senado aos EUA.

Por Redação – de Campo Grande

A disputa pela prefeitura da capital sul-matogrossense rachou a relação de três ex-ministros do governo passado e a direita que, até então, estava unida no Estado. Com aval e participação direta do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL traiu o compromisso com a senadora Tereza Cristina (PP-MS) e se aliou ao PSDB.

Ruralista Tereza Cristina
Ruralista e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina foi traída por Jair Bolsonaro (PL)

A manobra, articulada pelo senador Rogério Marinho (PL-RN) e fechada durante reunião do tucanato com Bolsonaro, também incluiu uma audiência com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, no fim de junho, pelas costas da senadora que, à época, integrava uma comitiva oficial do Senado aos EUA.

Aliada e ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro, Tereza Cristina havia acertado com o ex-mandatário e com Costa Neto o apoio do PL à reeleição da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP). Antes de a senadora chegar de volta ao Brasil, porém, o acordo foi desfeito.

— Tínhamos um acordo muito avançado para ser fechado. O PL não quis fechar. Fechou com o PSDB. Ótimo. Continuamos com a prefeita. Ponto. E vamos ganhar a eleição — afirmou Tereza Cristina, ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo.

 

‘Panos quentes’

Questionada se a traição de Bolsonaro abalou o relacionamento entre os integrantes da direita, a senadora preferiu colocar ‘panos quentes’.

Ele (Bolsonaro) tem as razões dele, do PL. Tenho as minhas, do PP. Nacionalmente, temos um alinhamento. No Estado, vamos andar separados. Cada um escolhe com quem anda — acrescentou.

Mas o ex-ministro-chefe no governo Bolsonaro Ciro Nogueira não perdoou Marinho.

— Como diz meu pai: quem tem com quem me pague não me deve nada — encerrou ele.

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