Bolsonaro é indiciado em inquéritos da PF sobre joias e vacinação

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Publicado quinta-feira, 4 de julho de 2024 as 18:55, por: CdB

O primeiro inquérito refere-se à venda de joias recebidas por Bolsonaro durante visitas oficiais ao exterior. Estes presentes, de valor elevado, foram vendidos ilegalmente, violando as normas que regem os presentes recebidos por autoridades públicas. Documentos e depoimentos coletados pela PF indicam que as joias.

Por Redação – de Brasília

A Polícia Federal (PF) fechou as investigações sobre possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e definiu seu indiciamento em dois inquéritos: a venda ilegal de joias recebidas como presente durante seu mandato e a falsificação de cartões de vacinação contra a covid-19. O pedido foi finalizado e será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) “nos próximos dias”, segundo apurou o colunista Igor Gadelha, do site brasiliense de notícias ‘Metrópoles’.

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Bolsonaro e o ex-ministro das Minas e Energia Bento Albuquerque estão indiciados no caso das joias

A PF também recomendou o indiciamento de aliados e assessores próximos a Bolsonaro. Entre os nomes destacados estão os advogados Fabio Wajngarten e Frederick Wassef e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O primeiro inquérito refere-se à venda de joias recebidas por Bolsonaro durante visitas oficiais ao exterior. Estes presentes, de valor elevado, foram vendidos ilegalmente, violando as normas que regem os presentes recebidos por autoridades públicas. Documentos e depoimentos coletados pela PF indicam que as joias, ao invés de serem entregues ao acervo da Presidência, foram desviadas para o acervo pessoal e, posteriormente, comercializadas de forma clandestina.

 

Saúde

O segundo inquérito foca na falsificação de cartões de vacinação contra a covid-19. Bolsonaro, que durante seu mandato fez ataques contra as vacinas, teria facilitado ou participado da produção e uso de cartões de vacinação falsos, com o objetivo de driblar as exigências sanitárias impostas tanto em território nacional quanto internacional.

Sobre o assunto, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao participar nesta quinta-feira da solenidade de entrega de novas ambulâncias do Samu em Salto, no interior de São Paulo, criticou Bolsonaro pela gestão da recente pandemia.

O presidente lembrou dos ataques feitos ao SUS antes da pandemia, que evidenciou a importância do sistema universal de saúde: “e aí veio a covid”.

— E a covid veio em um momento em que a gente tinha um governante irresponsável, que brincou com a saúde do povo brasileiro. E quem é que evitou uma desgraça maior nesse país? Foi exatamente a existência do Samu, as nossas enfermeiras, os nossos enfermeiros, os nossos funcionários, que muitos perderam a vida. Não foram poucas as pessoas que perderam a vida tentando salvar a vida de pessoas que nem conheciam – afirmou Lula.

 

Mentira

Sem citá-lo diretamente, Lula também apontou a responsabilidade de Bolsonaro por pelo menos metade dos 700 mil mortos pela covid no Brasil.

— É verdade que nós perdemos mais de 700 mil pessoas. É verdade que tem gente que tem responsabilidade pelo menos pela metade (das mortes). Eu nunca vi na história da sociedade brasileira alguém receitar remédio sem a anuência dos médicos. Nunca vi alguém receitar remédio para malária para cuidar da covid. Mas nesse país se inventou tudo e se contou tudo que é mentira. Graças a Deus prevaleceu a verdade e o SUS está aqui, orgulhoso de servir ao povo brasileiro — acrescentou.

Ainda quanto ao indiciamento do ex-presidente nos inquéritos, a pauta chegou a ser um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta quinta-feira. Internautas se manifestaram pedindo a prisão de Bolsonaro, e “Bolsonaro na cadeira” ficou nos trending topics do X, antigo Twitter.

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