O governo da Bolívia suspendeu as negociações de um novo contrato, segundo um comunicado divulgado nesta sexta-feira pela Petrobras, no qual a empresa afirma estar disposta a retomar imediatamente as conversas.
Nesta terça-feira, o ministro de Hidrocarbonetos boliviano, Andrés Soliz Rada, disse que as conversas com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) estão estagnadas por culpa da estatal brasileira, que ele acusou de não cumprir as leis do país.
– A Petrobras não nos deixa avançar em alguns pontos no tema da nacionalização dos hidrocarbonetos – disse o ministro.
Em resposta, a Petrobras “esclarece que, em todos os países onde atua, sempre se caracterizou pela transparência de suas ações e a submissão às leis”.
– Nas últimas semanas, as reuniões das comissões formadas para discutir a adequação ao Decreto das atividades de produção e refino foram interrompidas pelas autoridades bolivianas 1 afirma a nota.
A estatal brasileira diz que desde maio tem atuado “de maneira proativa e flexível” junto às autoridades bolivianas, com o objetivo de concluir a implementação das disposições estabelecidas no decreto de nacionalização.
Os trabalhos das comissões sobre o preço do gás natural “seguem normalmente”, afirma a Petrobras.
A Bolívia atualmente exporta para o Brasil 26 milhões de metros cúbicos diários de gás, e pretende elevar de US$ 4 para US$ 8 o pagamento por milhão de BTUs.